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31/08/2010 - 13h57

Dono de mina pede desculpas por acidente que deixou 33 presos no Chile

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um dos donos da mina chilena San José Alejandro Bohn pediu desculpas nesta terça-feira pelo acidente que deixou 33 mineiros presos a 700 metros de profundidade desde o ultimo dia 5. Bohn foi o primeiro dos proprietários a depor em uma comissão da Câmara dos Deputados do Chile que investiga as causas do deslizamento, que deve deixar os mineiros sob a terra até novembro.

"A dor que causou esta situação indesejada e imprevista por nós, merece que peçamos desculpas pela angústia que vivem nestes dias. Está sendo uma situação terrível e esperamos que acabe rápido", disse Bohn, acrescentando que a companhia está disponibilizando todos os seus recursos para ajudar os mineiros e suas famílias.

A comissão, que visa a estabelecer a responsabilidade dos órgãos federais no acidente, deve ouvir também Marcelo Kemeny, o outro dono da mina.

O governo chileno criticou duramente os donos da mina por não seguirem os procedimentos de segurança necessários no local. O presidente Sebastián Piñera já alertou que haverá punição para os responsáveis pelo acidente.

O advogado de 26 dos 33 mineiros presos no Chile já disse que vai processar a empresa por tentativa de homicídio e prepara ações por danos morais contra o Estado e os donos e gerentes da mina San Jose.

Segundo Edgardo Reinoso, não só a mina não estava preparada para a exploração, mas também os trabalhadores não possuíam equipamentos de proteção individual adequados.

NASA

Nesta terça-feira, quatro especialistas da Nasa, a agência espacial americana, chegaram ao Chile para assessorar às autoridades locais no tratamento dos 33 trabalhadores.

Os analistas, que se reunirão nesta mesma terça-feira com o ministro da Saúde, Jaime Mañalich, são James Michael Duncan, subchefe médico da Nasa; Albert W.Holland, psicólogo de Operações de Saúde de Conduta, J.D.Polk, chefe da divisão de Medicina Espacial e Clint Cragg, do Centro de Engenharia e Segurança.

O organismo espacial americano ofereceu colaboração com as autoridades chilenas na sua experiência no tratamento de pessoas que devem permanecer períodos prolongados em ambientes hostis e em condições de isolamento.

CONTATO

Desde as 23h50 de segunda-feira, a perfuradora Raise Borer Strata 950, começou a furar a mina San José, no Atacama, onde os 33 trabalhadores estão presos há 26 dias.

Com 30 toneladas, a máquina vai perfurar a colina a uma velocidade de 15 a 20 metros por dia. A chegada da peça e o início da perfuração foram saudados com aplausos pelos familiares dos mineradores, que mantêm vigília nos arredores da mina, que fica a 830 quilômetros ao norte de Santiago, desde o dia em que aconteceu o acidente.

Pelos cálculos das autoridades, para fazer o conduto de 66 centímetros de diâmetro serão necessários entre três e quatro meses, que descerá 702 metros em linha reta até a galeria em que estão os operários, que até agora se mantêm em boas condições de saúde e de ânimo.

Uma vez completado o conduto, calcula-se que a evacuação dos 33 homens pode durar entre três e cinco dias, considerando que o resgate de cada um até a superfície deve demorar duas horas.

Nesta fase se projeta a participação de seis especialistas em resgate, liderados por um oficial do Grupo de Operações Especiais (Gope), que descerão o fundo da jazida para organizar o transporte.

Uma segunda máquina está pronta para entrar em operação em caso de a primeira sofrer alguma falha, enquanto outra perfuradora, do tipo T-130, será usada para alargar um dos condutos abertos pelas sondas com as quais está sendo estabelecido contato com os mineradores, como alternativa ao primeiro conduto.

 

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