Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
31/08/2010 - 17h43

Após assumir ataque que matou 4 na Cisjordânia, Hamas diz que "outros virão"

Publicidade

DA REUTERS, EM GAZA

O braço armado do Hamas disse que vai realizar mais operações, após assumir a autoria do atentado a tiros que matou quatro israelenses em um carro em Kiryat Arba, perto de Hebron, na Cisjordânia. O ataque ocorre na véspera da retomada do diálogo direto de paz entre Israel e os palestinos, suspensos desde dezembro de 2008.

"Esse ataque é uma peça em uma série de ataques. Alguns já foram executados, e outros se seguirão", disse Abu Ubaida, porta-voz do grupo.

A autoridade palestina sediada na Cisjordânia disse que vai agir para evitar outros atentados semelhantes. Em comunicado divulgado por seu gabinete, o premiê Salam Fayyad condenou o ataque. "Condenamos essa operação, que vai contra os interesses palestinos", disse Fayyad.

Autoridades dizem estar preocupadas com ações terroristas para minar os esforços de paz, que acontecem ainda sob grande desconfiança e resistência entre os dois lados.

Hazem Bader/AFP
Soldados israelenses bloqueiam estrada que leva a Hebron,na Cisjordânia; ataque a tiros mata quatro israelenses
Soldados israelenses bloqueiam estrada que leva a Hebron,na Cisjordânia; ataque a tiros mata ao menos quatro israelenses

Segundo o jornal israelense "Haaretz", o ataque ocorreu às 19h30 desta terça-feira, na estrada Route 60. Homens armados atiraram contra o veículo de passeio perto de Bnei Naim, sul de Kiryat Arba.

Informações preliminares da polícia, citadas pelo jornal, indicam que os homens se aproximaram dos veículos e atiraram várias vezes à queima roupa. As vítimas foram identificadas como dois homens e duas mulheres, todos com idade entre 25 e 40 anos. O Canal 2 afirma que todos eram membros da mesma família e que uma das mulheres estava grávida. Já o "Haaretz" diz que eles eram colonos do assentamento de Beit Hagai.

Nesta semana, o chefe das Forças de Defesa de Israel, Gabi Ashkenazi, visitou a Cisjordânia para discutir o preparo das forças israelenses de enfrentar os esforços para "inflamar a região" e prejudicar os esforços de paz.

A Cisjordânia tem sido palco de vários ataques. Em junho passado, um policial foi morto e outros dois feridos em um ataque a tiros contra o veículo em que viajam nos arredores de Hebron. No mês anterior, dois israelenses foram feridos por vidro quebrado quando tiros atingiram seu carro.

DIÁLOGO DE PAZ

Apesar do ataque, Israel anunciou que não suspenderá o relançamento das negociações de paz com os palestinos, marcada para a próxima quinta-feira (2), disseram funcionários próximos ao primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.

O diálogo com os palestinos continuarão "como estava planejado", informa a edição eletrônica do jornal "Yedioth Ahronoth", acrescentando que "a política de reação de Israel para este tipo de ataques segue em vigor".

Netanyahu, que já está a caminho de Washington, conversou por telefone com o ministro da Defesa, Ehud Barak, sobre o ocorrido, informou o Canal 1 da TV israelense.

Duas mulheres e dois homens do assentamento judaico de Bet Hagay, em Hebron, morreram ao anoitecer por disparos de milicianos palestinos quando saíam de uma estrada principal na Cisjordânia e entravam em um cruzamento em direção à colônia de Kiryat Arba.

CRÍTICAS

Depois do ataque, o conselho de assentamentos da Judéia e Samaria exortou ao primeiro-ministro a retornar imediatamente a Israel e não participar das negociações.

"Isto é um massacre que não tinha intenção de minar as negociações, mas é consequência direta da política de fazer concessões aos palestinos", disse Naftali Benett, diretor-geral do conselho que reúne aos representantes municipais dos assentamentos.

Segundo Benett, o primeiro-ministro "tem de cancelar a viagem e retornar a Israel neste momento de brutal terrorismo".

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página