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Revoltadas, milhares de pessoas comparecem a enterro de israelenses mortos em ataque
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Milhares de pessoas compareceram nesta quarta-feira ao funeral dos quatro israelenses mortos no ataque terrorista reivindicado na terça-feira pelo Hamas na Cisjordânia, em um clima de emoção e revolta.
"Mãe, pai, vou sentir saudades", dizia, entre soluços, Ariel Imass, de 16 anos, diante dos corpos de seus pais, assassinados ontem no ataque palestino perto da colônia judaica de Beit Haggai, na Cisjordânia.
Yitzhak Imass, de 47 anos, e sua mulher Taliya, de 45, que estava grávida, deixam sete órfãos, entre eles um bebê de 18 meses.
Outros dois habitantes da pequena colônia, Kokhava Even Haim, de 37 anos, e Avishai Shindler, de 24, também foram mortos no atentado.
A colônia de Beit Haggai, integrada por menos de 500 pessoas, perdeu em dez anos sete de seus habitantes, incluindo duas das vítimas do ataque de terça-feira.
O Conselho de Yesha, principal organismo representativo dos colonos da Cisjordânia, lançou um apelo à "construção, em toda a Judeia-Samaria (nome bíblico da Cisjordânia), a partir desta mesma tarde de quarta-feira, para pôr fim ao congelamento das construções decretado pelo governo de Binyamin Netanyahu", que termina em 26 de setembro.
"Este atentado mostra que, apesar dos esforços israelenses, os palestinos não têm a menor intenção de criar um Estado pacífico, e só querem destruir o Estado de Israel", afirmou Naftali Bennett, diretor geral da Yesha.
ATENTADO
O carro onde os quatro colonos viajavam foi atingido por disparos quando passava por uma estrada entre o assentamento e o povoado palestino de Bani Naim, perto de Hebron.
O incidente --um dos mais graves dos últimos meses na Cisjordânia-- aconteceu dois dias antes da retomada das negociações diretas de paz entre israelenses e palestinos, em Washington, sob a mediação do presidente americano Barack Obama.
O grupo radical islâmico Hamas assumiu a autoria do atentado a tiros que matou quatro israelenses em um carro em Kiryat Arba, perto de Hebron, na Cisjordânia. O ataque ocorre na véspera da retomada do diálogo direto de paz entre Israel e os palestinos, suspensos desde dezembro de 2008.
Autoridades dizem estar preocupadas com ações terroristas para minar os esforços de paz, que acontecem ainda sob grande desconfiança e resistência entre os dois lados.
Hazem Bader/AFP |
Soldados israelenses bloqueiam estrada que leva a Hebron,na Cisjordânia; ataque a tiros mata ao menos quatro israelenses |
Segundo o jornal israelense "Haaretz", o ataque ocorreu às 19h30 da terça-feira, na estrada Route 60. Homens armados atiraram contra o veículo de passeio perto de Bnei Naim, sul de Kiryat Arba.
Informações preliminares da polícia, citadas pelo jornal, indicam que os homens se aproximaram dos veículos e atiraram várias vezes à queima roupa. As vítimas foram identificadas como dois homens e duas mulheres, todos com idade entre 25 e 40 anos. O Canal 2 afirma que todos eram membros da mesma família e que uma das mulheres estava grávida. Já o "Haaretz" diz que eles eram colonos do assentamento de Beit Hagai.
Nesta semana, o chefe das Forças de Defesa de Israel, Gabi Ashkenazi, visitou a Cisjordânia para discutir o preparo das forças israelenses de enfrentar os esforços para "inflamar a região" e prejudicar os esforços de paz.
A Cisjordânia tem sido palco de vários ataques. Em junho passado, um policial foi morto e outros dois feridos em um ataque a tiros contra o veículo em que viajam nos arredores de Hebron. No mês anterior, dois israelenses foram feridos por vidro quebrado quando tiros atingiram seu carro.
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