Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
02/09/2010 - 20h10

Após "erro", Honduras suspende repatriação de imigrantes mortos no México

Publicidade

DA ANSA, EM TEGUCIGALPA

O governo hondurenho, por meio de sua Chancelaria, decidiu nesta quinta-feira cancelar a repatriação dos cidadãos do país mortos no México no último mês, em uma chacina que deixou 72 vítimas fatais no Estado de Tamaulipas.

A informação foi confirmada pelo chanceler Mario Canahuati, citado pelo jornal local "La Prensa". De acordo com a publicação, a decisão foi tomada após quatro dos 16 corpos repatriados ontem terem sido enviados incorretamente.

Na quarta-feira, as 16 primeiras vítimas identificadas como hondurenhas foram recebidas por familiares e pelas autoridades em Tegucigalpa. Porém, segundo o ministro, "houve cadáveres enviados erroneamente", pois "não correspondiam" às pessoas cujos nomes foram divulgados.

Outros seis corpos seriam enviados nos próximos dias, cinco deles já estariam "pré-identificados" e deveriam chegar entre amanhã e o fim de semana.

Honduras analisa agora a possibilidade de mandar ao México especialistas do Ministério Público para colaborar nas identificações.

Os 56 corpos que continuam no México foram enviados ontem à capital para análises das autoridades legistas. Até o momento, foi confirmada a presença de um brasileiro entre os mortos. Juliard Aires Fernandes, de 20 anos e que era de Minas Gerais, poderia ser liberado ainda hoje.

As demoras nas identificações decorrem do fato de a localidade onde ocorreu a chacina, San Fernando, no nordeste mexicano, não contar com espaço e equipes para agilizar o processo. O crime, registrado no último mês, chocou o país e também a comunidade internacional, e teve forte repercussão na mídia.

De acordo com a versão de um dos dois sobreviventes, o equatoriano Luis Freddy Lala Pomavilla, o primeiro a ser encontrado com vida, as execuções foram cometidas por criminosos do cartel Los Zetas, um dos mais violentos do México.

As vítimas, imigrantes ilegais que pretendiam ingressar nos Estados Unidos, foram assassinadas por não aceitarem trabalhar para o grupo de narcotraficantes.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página