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03/09/2010 - 08h35

Em visita-surpresa, secretário de Defesa dos EUA vê avanços no Afeganistão

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Na mesma semana em que 30 mil tropas chegam ao Afeganistão como reforço para o ofensiva de Candahar, o secretário de Defesa norte-americano Robert Gates fez uma visita-surpresa ao país e afirmou ver avanços na luta contra a insurgência taleban.

Buscando animar os soldados que integram o front do Exército americano no sul do Afeganistão, Gates disse às tropas que eles eram "a linha de frente", a "ponta de lança" contra o Taleban.

S. Sabawoon/Efe
Robert Gates chegou ao Afeganistão com o objetivo de animar as tropas para a difícil ofensiva de Candahar, no sul
Robert Gates chegou ao Afeganistão com o objetivo de animar as tropas para a difícil ofensiva de Candahar, no sul

A visita chega num momento em que as tropas americanas sofrem as maiores baixas em nove anos de luta contra os militantes rebeldes. Os soldados dos Estados Unidos representam mais de dois terços dos quase 150 mil militares das forças internacionais no Afeganistão, a maioria sob comando da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

PONTA DE LANÇA

"Vocês estão sem dúvida na linha de frente", disse o secretário de Defesa aos quase cem militares americanos que defendem a base visitada, situada em um subúrbio da cidade de Candahar, capital da Província de mesmo nome. Recentemente, esta unidade perdeu oito homens em combate.

Geoff Morrell, porta-voz do Pentágono, afirmou durante a viagem que os soldados americanos na Província de Candahar eram a "ponta de lança" das tropas que combatem no país.

Nos últimos três anos, a insurreição taleban ganhou força e chegou a quase todo o país. Os guerrilheiros matam cada vez mais soldados estrangeiros.

BAIXAS

Em apenas oito meses, 2010 se tornou o pior ano para as tropas americanas, que perderam 326 soldados no Afeganistão desde 1º de janeiro, dos 493 militares mortos entre as tropas internacionais. O ano de 2009, com 512 mortes, foi o mais grave para as forças estrangeiras no país.

Em uma semana morreram 28 soldados americanos, a maioria no sul do Afeganistão, em explosões de bombas de fabricação caseira.

"Esta foi uma semana muito dura para todos vocês", disse Gates aos militares desta base. "O que constitui uma diferença em toda esta campanha é seu êxito aqui na cidade de Candahar", elogiou em seguida.

As baixas são registradas num momento em que, sob a pressão de uma opinião pública cada vez mais contrária ao envio de jovens ao Afeganistão, o presidente Barack Obama garante que a retirada das tropas americanas começará em meados de de 2011, como já havia prometido em dezembro do ano passado, após o envio de 30 mil soldados para tentar modificar o curso da guerra.

A visita de Gates também acontece em meio a críticas pelos erros das forças internacionais. Poucas horas depois do desembarque do secretário em Cabul, o presidente afegão Hamid Karzai condenou um bombardeio da Otan que, segundo ele, atingiu o comboio de um candidato em campanha para as eleições legislativas no norte do país, matando dez civis e ferindo o candidato.

 

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