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ONU anuncia necessidade de mais doações para o Paquistão após desastre natural
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A ONU informou nesta terça-feira que o Plano de Emergência destinado ao Paquistão por causa das inundações que se estendem há um mês e meio, que até agora obteve 67% dos recursos solicitados, será revisado ainda nesta semana pela necessidade de mais doações.
"Pelo menos 11,6% da Província de Sindh permanece alagada", disse em Genebra Elizabeth Byrs, porta-voz do escritório humanitário da ONU (Ocha), acrescentando que embora tenha passado um mês e meio desde as inundações, a situação no país ainda é "crítica".
Akhtar Soomro/Reuters | ||
Vítimas de enchentes no Paquistão carregam mantimentos; ONG internacional alerta para "catástrofe pública" |
Byrs anunciou que a quantia inicial calculada pela ONU --estipulada em US$ 459,7 milhões, que já foi 67% atingida-- será revisada no dia 17 de setembro em Nova York, com o objetivo de aumentá-la e dar mais fundos ao Plano de Emergência de Resposta Humanitária.
Há determinadas áreas, como a de distribuição de água e a de saneamento, que estão em déficit fiscal com só 35% dos fundos financiados, circunstância que agrava a empobrecida situação que enfrenta o país.
Em províncias como Baluchistão, ao menos 400 mil pessoas seguem sem suas casas devido às inundações, das quais cerca de 40% ainda esperam receber ajuda humanitária, segundo a porta-voz de Ocha.
Embora as cheias tenham retrocedido na Província do Punjab, deixaram bolsões de água parada que correm o risco de provocar uma eclosão de doenças de fácil e rápida transmissão, advertiu Byrs.
Na medida em que se aproxima a estação da colheita --prevista para o fim deste mês-- a necessidade de investimento em produtos agrícolas é urgente, por isso será necessário aumentar a solicitação de fundos, indicou a ONU.
CATÁSTROFE
Ainda na semana passada a ONG humanitária internacional Oxfam alertou que pode ocorrer uma "catástrofe de saúde pública" no Paquistão devido às inundações que devastaram o país e deixaram 21 milhões atingidos.
Nas últimas duas semanas e meia, suspeita-se que tenha triplicado o número de casos de diarreia aguda, doenças cutâneas, infecções respiratórias e malária, afirmou a organização em comunicado.
"As doenças cutâneas passaram de 260 mil casos para 860 mil, os registros de diarreia aguda aumentaram de 200 mil casos para 610 mil, e as ocorrências de infecções respiratórias agudas foram de 200 mil para 670 mil" detalhou a Oxfam.
Nesse mesmo período, a chegada da ajuda solicitada pela ONU (Organização das Nações Unidas) aumentou só 10%, apesar de o chamado internacional ter sido feito quando as inundações começaram e, segundo a Oxfam, "não refletir as necessidades atuais".
De acordo com a Oxfam, desde a primeira solicitação da ONU o número de pessoas afetadas passou de 14 milhões para 21 milhões, fora outras 10 milhões que precisaram se deslocar.
"Na última semana, o número estimado de desabrigados aumentou em três milhões. No entanto, os níveis de doações seguem sendo os mesmos", denunciou no comunicado o diretor da Oxfam no Paquistão, Neva Khan.
"É uma vergonha --acrescentou Khan-- que estas necessidades básicas (água potável, saneamento e provisões médicas) tenham obtido níveis tão miseráveis de doações".
Segundo a ONG, as duas verbas mais importantes para a prevenção e o tratamento de doenças são as de pior cobertura: só foi recebido 30% do dinheiro necessário para a água e 57% para outros elementos de necessidade básica.
Entre as contribuições canalizadas pela ONU e doações recebidas por ONGs e autoridades nacionais, o Paquistão obteve até agora US$ 1,2 bilhão, entre colaborações em dinheiro e bens de capital.
Jason Tanner/Efe - 7.set.10 | ||
Angelina Jolie (dir.) visita o Paquistão e tenta atrair mais doações internacionais aos 21 milhões afetados por catástrofe |
Tentando sensibilizar a comunidade internacional, a atriz americana Angelina Jolie esteve no país na semana passada, quando fez um apelo para que o mundo "não se esqueça" do Paquistão.
Jolie é embaixadora da Boa Vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). Após visitar durante dois dias comunidades de desabrigados no noroeste do Paquistão e em Islamabad, a atriz disse que nunca viu uma catástrofe de tal dimensão e cobrou mais rapidez na entrega da assistência. "Apesar de toda a cobertura [da mídia], não estamos conseguindo respostas", ressaltou.
As piores inundações da história do país deixaram pelo menos 1.752 mortos desde o fim de julho, além de terem alagado 20% do território nacional.
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