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21/09/2010 - 07h46

Presidente francês defende criação de imposto global

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em cúpula da ONU sobre as Metas do Desenvolvimento do Milênio, em Nova York, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, defendeu ontem a criação de um imposto global que incida sobre as movimentações financeiras.

O dinheiro resultante seria destinado para a concretização da segunda parte do programa das Nações Unidas voltado para a promoção dos oito grandes objetivos do milênio estabelecidos em 2000.

Sarkozy, ao propor a elaboração do chamado imposto solidário ou social, deu uma guinada à esquerda. Nos últimos dias, seu governo foi alvo de críticas ferrenhas, comparado até mesmo ao nazismo, por ter expulsado os ciganos, a maioria advinda de Bulgária e Romênia, do território francês.

A ideia de elaborar um dispositivo financeiro em escala global que atue em favor do equilíbrio social não é nova. O economista americano James Tobin, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1981, propôs, no começo dos anos 70, a criação de um imposto com alíquota calculada em 0,1% que fosse aplicado sobre todas as transações financeiras realizadas diariamente no mundo. Com a oposição dos EUA e das principais economias, a ideia não avançou.

Se fosse levado em consideração o tamanho do atual sistema financeiro, utilizando a alíquota proposta por Tobin, a arrecadação chegaria a US$ 170 bilhões por ano.

No início do primeiro mandato, o presidente Lula, em entrevistas a jornais estrangeiros, defendeu a utilização de um imposto global para arrecadar recursos para combater a pobreza. O petista, além do mercado financeiro, objetivava taxar o lucrativo comércio de armas pesadas.

FALTA DE EMPENHO

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lamentou em outras oportunidades que os países não se empenhem tanto como em tempos de crise para levantar dinheiro em favor de causas sociais.

Na última instabilidade econômica, nascida no mercado imobiliário americano em 2008, foram gastos trilhões de dólares em socorro às instituições financeiras. Um dos pacotes lançados pelos EUA, o de US$ 700 bilhões, passou sem maiores divergências pelo Congresso.

Um representante do governo americano afirmou que o presidente Obama não deve contribuir com doações para completar os US$ 150 bilhões que ainda são precisos.

"O relógio está avançando, e ainda temos muito o que fazer", alertou Ban Ki-moon na reunião.

O secretário-geral se refere aos países mais pobres do mundo, especialmente os da África subsaariana, que apresentam pouco progresso na erradicação da pobreza nos dez anos do programa.

As conversas entre os 192 líderes dos países que compõem as Nações Unidas se estendem até a próxima quinta-feira.

 

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