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Cresce número de feridos de guerra afegãos, aponta Cruz Vermelha
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DA REUTERS, EM CABUL
O número de pacientes com ferimentos de guerra chegou a um recorde neste verão no maior hospital da província de Kandahar, no sul do Afeganistão, informou a Cruz Vermelha, enquanto os combates se intensificam antes de uma operação maciça da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na região.
Em agosto e setembro, quase o dobro de pacientes com ferimentos provocados por armas -- cerca de mil -- foram tratados no hospital Mirwais, em Kandahar, em comparação com o mesmo período de 2009, informou o CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha), que dá apoio ao hospital, em comunicado.
"Isto é apenas a ponta do iceberg, já que pacientes com outros tipos de lesões ou que contraem doenças como resultado indireto do conflito superam de longe os pacientes feridos de guerra", disse Reto Stocker, chefe da delegação do CICV em Cabul.
Em setembro as forças afegãs e da Otan lançaram oficialmente a operação "Ofensiva Dragão", atacando redutos do Taleban na região de Kandahar, praça forte da insurgência.
Mas muitas das áreas visadas já enfrentam combates intensos há semanas, com o aumento de tropas estrangeiras que avançam pela região procurando reconquistar terreno dos insurgentes.
A intensificação dos combates vem tendo um efeito dominó sobre a saúde pública.
Com medo de viajar devido à falta de segurança, mães frequentemente demoram para levar seus filhos ao hospital até ser tarde demais, disse o CICV.
"O resultado é que crianças morrem de tétano, sarampo e tuberculose, doenças facilmente evitadas com vacinas, enquanto mulheres morrem no parto e homens fortes sucumbem a infecções simples", disse Stocker.
A violência no Afeganistão está no pior nível desde a derrubada do Taleban, no final de 2001, com mais baixas em todos os lados na guerra.
Este ano houve um aumento no número de civis mortos. De acordo com relatório da ONU divulgado na metade do ano, as mortes violentas de civis subiram quase um terço no primeiro semestre de 2010, em comparação com o ano anterior.
As cifras sobre pacientes do hospital Mirwais podem também incluir insurgentes e membros das forças de segurança afegãs, disse o porta-voz do CICV em Cabul, Vijan Farnoudi, já que o hospital não faz distinções entre os pacientes que recebe.
Com mais de 1.500 funcionários, dos quais quase 150 estrangeiros, no Afeganistão, o CICV fornece assistência humanitária e monitora as instalações de detenção no país e pretende manter contato com "todas as partes no conflito."
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