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Apoiado por "antimuçulmanos", novo governo holandês toma posse
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DA EFE
O novo governo da Holanda, formado por uma coalizão entre o Partido Liberal (VVD) e o Partido Democrata Cristão (CDA), cada um com seis ministérios, tomou posse nesta quinta-feira em meio a uma expectativa sobre estabilidade e governabilidade, que em grande parte depende do apoio parlamentar do partido antimuçulmano PVV.
Nesta quinta-feira, o novo gabinete, liderado pelo primeiro-ministro Mark Rutte -- primeiro liberal a assumir o governo desde 1918 --, posou para uma foto no palácio real junto com a rainha Beatrix.
Rutte escolheu para os cargos de ministros pessoas com experiência política, sendo a maior parte delas ex-deputados e antigos membros de governos anteriores.
O líder democrata-cristão, Maxime Verhagen, que era titular da pasta de Relações Exteriores, passa a dividir a de Economia com a Vice-Presidência do governo. Seu cargo anterior é ocupado agora pelo ex-senador e professor universitário Uri Rosenthal (VVD).
A escolha dos ministros foi criticada pela pouca presença de mulheres, pois somente 3 dos 12 titulares são do sexo feminino -- Marja van Bijsterfeld (Educação), Edith Schippers (Saúde) e Melanie Schultz (Infraestrutura e Meio Ambiente), esta última, de 40 anos, é a integrante mais jovem do Executivo.
ANTI-ISLÃ
Também foi criticada a ausência de pessoas de origem estrangeira na nova equipe de um governo que deverá aplicar uma estrita política de imigração e tem pensado em proibir totalmente a burca no país.
Jerry Lampen/AP |
O líder anti-islã holandês Geert Wilders, em tribunal; aliado do novo governo sofre processo por posições antimuçulmanas |
O endurecimento da política de imigração foi uma das condições impostas pelo antimuçulmano Geert Wilders para apoiar o governo no Parlamento. Seu partido, o PVV, ofereceu em troca 24 cadeiras que garantiram a maioria necessária para aprovar leis.
Embora Wilders não tenha posado para a foto oficial com os recém-nomeados ministros e secretários de Estado, sua sombra estará presente a cada decisão do governo.
Wilders assinou com os novos governantes uma espécie de acordo de governo paralelo que inclui algumas de suas reivindicações. Dessa forma, Wilders se coloca a meio caminho entre o poder e a oposição, e poderá boicotar Rutte quando considerar que o pacto não foi respeitado.
O novo governo realizará amanhã (15) seu primeiro Conselho de Ministros, e sua posse põe fim ao período de incertezas aberto após os resultados equilibrados das eleições do dia 9 de junho.
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