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Partido Comunista chinês rachou sobre reforma, diz coautor de carta de protesto
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FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
O premiê Wen Jiabao é um sincero defensor da abertura democrática, mas não dá para saber o grau de apoio que tem dentro do Partido Comunista, na avaliação de Sun Xupei, ex-diretor de investigação do Centro de Pesquisa Jornalística na Academia Chinesa de Ciências Sociais.
Sun é um dos 23 membros da "velha guarda" do Partido Comunista que subscreveram uma carta aberta exigindo o fim da censura no país.
O documento, divulgado anteontem, foi sacado da internet horas após ser publicado. Leia a seguir a entrevista concedida à Folha, por telefone.
FOLHA - Qual foi o impacto do Nobel da Paz a Liu Xiaobo?
SUN XUPEI - Ele ganhou o prêmio por assumir riscos de ser preso ao insistir em defender a liberdade de expressão na China. O propósito original da censura é estabilizar a situação doméstica, mas é impossível estar totalmente blindado numa era de conexões. Por isso, a foto está ficando mais feia, e o gelo sob a reforma democrática está se tornando mais fino. A censura, de alguma forma, vai aumentando contradições existentes.
Como a reforma política será tratada no encontro do Partido Comunista?
A liberdade de expressão estará na agenda, mas não como uma questão central. A China nunca admite publicamente a existência de facções. Mas o partido está dividido, embora seja difícil dizer o quanto.
O apoio do premiê à reforma democrática é sincero?
Acredito que o premiê Wen esteja defendendo a reforma democrática. O discurso dele é muito popular, na medida em que traz esperança, diferentemente daqueles slogans que só ficam na superfície. O problema é que há um imenso poder dentro do partido para resistir ao progresso da reforma política, como funcionários corruptos que facilmente controlam a imprensa local para esconder seus crimes.
Como é possível o próprio primeiro-ministro da China ser censurado pelos meios oficiais?
Há vários precedentes de censura tanto a Hu Jintao [dirigente máximo] quanto a Wen. Normalmente, qualquer discurso feito pelos líderes no exterior é verificado por uma autoridade específica para ver se sua divulgação é adequada.
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