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15/10/2010 - 14h47

Senador chileno acusa casal Kirchner de ligação com grupo armado Montoneros

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DA ANSA, EM SANTIAGO DO CHILE

O senador chileno Andrés Chadwick, vice-presidente do partido União Democrata Independente (UDI, conservador), declarou à imprensa que o casal Kirchner tem vínculos com o grupo armado peronista Montoneros, que atuou na época da ditadura militar argentina (1976-1983).

"Os Kirchner estão muito vinculados aos Montoneros, grupo da esquerda mais dura. Muitos deles compõem o gabinete, onde o coração de ambos [Cristina e Néstor] está", afirmou o parlamentar em entrevista à revista local Caras.

O líder do partido da base do governo de Sebastián Piñera atestou que "as mesmas autoridades argentinas me disseram que um ano eleitoral se aproxima, e entre seus apoios estão estes movimentos mais radicais".

O conservador afirmou que, "conhecendo os Kirchner, é difícil que atuem de acordo com a lei", referindo-se ao caso do chileno Sergio Galvarino Apablaza Guerra, cujo refúgio político foi concedido pelas autoridades do país vizinho em 30 de setembro.

A decisão foi tomada pela Comissão Nacional de Refugiados (Conare) da Argentina mesmo após o pedido de extradição feito pelas autoridades do Chile, onde ele é acusado pelo assassinato de Jaime Guzmán, fundador do UDI, em 1991, em Santiago.

Segundo o senador, a resolução de outorgar refúgio a Apablaza "é contrária ao direito e viola os direitos humanos ao deixar na impunidade um crime e impede as vítimas de conhecerem a verdade".

Chadwic considerou, contudo, que "na UDI, sabemos que este conflito não deve colocar em risco as relações diplomáticas, atrasar temas nem agendas de desenvolvimento", mas garantiu que pretende "que a posição do Chile fique clara e sejam adotadas medidas. É muito importante continuar com as ações lá [na Argentina] e recorrer a organismos internacionais", advertiu.

Por sua vez, o chanceler do Chile, Alfredo Moreno, manifestou à rádio Cooperativa que o governo continuará em seu esforço para que Apablaza seja enviado a seu país. "No que corresponde a nós, não vamos esquecer e vamos continuar com todas as medidas que podemos tomar", sustentou.

Apablaza é acusado de envolvimento no assassinato do senador Guzmán na época em que liderava o grupo guerrilheiro de esquerda Frente Patriótica Manuel Rodríguez (FPMR). Ele foi preso em 2004 em Buenos Aires, após denúncias chilenas. Após algum tempo detido, o chileno foi liberado e solicitou asilo como refugiado político.

 

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