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18/10/2010 - 13h55

Empresas chinesas fornecem tecnologia de mísseis e nuclear ao Irã, diz jornal dos EUA

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DE SÃO PAULO

O governo dos EUA acredita que várias empresas chinesas estejam violando as sanções do Conselho de Segurança da ONU ao Irã e provendo ao país tecnologia para a produção de mísseis e o desenvolvimento armas nucleares, segundo matéria desta segunda-feira do jornal americano "Washington Post".

Segundo um funcionário americano, que falou ao jornal sob anonimato, uma delegação americana liderada pelo assessor de não proliferação do Departamento de Estado, Robert J. Einhornn, entregou uma "lista significativa" de empresas e bancos supostamente envolvidos a Pequim.

Ainda de acordo com a fonte, o governo Barack Obama considera as atividades dessas companhias uma violação às sanções da ONU, mas não acha que foram autorizadas pelo governo chinês.

Nas negociações para a aplicação da novas sanções ao Irã, a China foi, ao lado da Rússia, o país que mais resistiu a um recrudescimento nas relações com o país, mas ao final votou pela aplicação das punições.

A China mantém grandes investimentos no setor de energia iraniano, interessada principalmente no fornecimento de petróleo para sustentar o seu celerado crescimento econômico.

E o governo dos EUA adota cautela ao pressionar o país por suas relações com o regime iraniano devido à lista de temas em que os dois países precisam colaborar, de economia à mudança climática.

"Meu governo vai investigar o assunto levantado pelos EUA", afirmou Wang Baodong, porta-voz da Embaixada da China, segundo o "Post".

A fonte, ainda de acordo com o "Washington Post", não revelou o nome de nenhuma das empresas supostamente envolvidas.

SANÇÕES

Em junho último, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma nova rodada de sanções contra o Irã, aumentando as restrições e as punições a empresas e bancos que contribuam, mesmo que indiretamente, com o programa nuclear iraniano.

As punições foram aplicadas depois que as potências nucleares rejeitaram, em maio, uma proposta de acordo mediada por Brasil e Turquia para a troca de urânio iraniano pouco enriquecido por material para o reator médico do país, em Teerã.

Uma versão anterior do texto, apresentada pelas potências há cerca de um ano, já havia tido seus termos rejeitados pelo governo iraniano.

Desde então, não houve mais conversas a respeito de um entendimento diplomático, mas autoridades ocidentais e iranianas têm, recentemente, manifestado disposição de voltar à mesa de negociações.

Ontem (17), o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, endossou a retomada das negociações com as potências nucleares em resposta à proposta da chanceler da União Europeia, Catherine Ashton, de realizar uma cúpula em meados de novembro em Viena (Áustria).

Os EUA e aliados suspeitam que o programa nuclear iraniano busque a bomba atômica. O Irã, no entanto, nega, alegando buscar exclusivamente a produção de energia nuclear.

 

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