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De olho nos votos hispânicos, Obama grava em espanhol
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O presidente americano, Barack Obama, gravou nesta sexta-feira (22) uma mensagem, em espanhol, para tentar reconquistar os eleitores hispânicos.
Em 2008, eles representaram 7,4% do eleitorado. Quase dez milhões votaram, dois terços deles em Obama.
"Preciso de você a meu lado. Ajude-me a defender o que começamos", diz Obama na mensagem de rádio.
Também na sexta, Obama viajou para Califórnia e Nevada para ajudar a campanha de dois senadores democratas.
Em Los Angeles, foi a um comício pela senadora Barbara Boxer. Depois, seguiu para Las Vegas, onde o líder da maioria, Harry Reid, está empatado com Sharron Angle.
"BULLYING"
Ainda na sexta (22), Obama aderiu à campanha contra o chamado "bullying" --humilhação por colegas-- que recentemente levou diversos jovens americanos ao suicídio por serem gays.
"Como pai de duas filhas, isso parte meu coração. É algo que simplesmente não deveria acontecer nesse país", disse Obama em uma mensagem aos jovens.
Kevin Lamarque/Reuters |
Obama ontem (21) no Estado de Washington; líder americano gravou mensagem de apoio a jovens gays vítimas de "bullying" |
Para o presidente dos EUA, já é tempo de os americanos desfazerem o mito de que o "bullying" é "apenas um rito de passagem normal".
"Eu não sei como é sofrer humilhação por ser gay. Mas eu sei como é crescer sentindo que você não pertence [a um meio]", disse Obama. "É duro."
"Quero dizer o seguinte: vocês não estão sozinhos, vocês não fizeram nada de errado, vocês não fizeram nada para sofrer isso. Vocês verão que as suas diferenças são uma fonte de orgulho e força", afirmou.
O "bullying" contra gays ganhou repercussão recentemente devido a uma série de suicídios de jovens alvos de humilhações.
Asher Brown, 13, de Houston, matou-se com a arma do próprio pai. Tyler Clementi, 18, de New Jersey, pulou de uma ponte após ser gravado secretamente --e depois exposto na internet-- por seu colega fazendo sexo com outro garoto. E Jaheem Herrera se enforcou no armário após semanas dizendo que era insultado e chamado de gay por colegas.
Masika Bermudez, mãe de uma outra vítima, de 11 anos, que se suicidou no ano passado, escreveu a Obama pedindo ajuda para acabar com esse tipo de violência.
No começo desta semana, a secretária de Estado, Hillary Clinton, também havia se manifestado sobre o tema, se dizendo entristecida pelos suicídios.
"Essas mortes recentes são uma lembrança de que os americanos têm de trabalhar duro para superar o ódio."
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