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Restos mortais são achados na fronteira entre Bósnia e Sérvia
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MAJA ZUVELA
DA REUTERS, EM SARAJEVO
Os restos de cerca de 100 pessoas, supostamente muçulmanos assassinados no começo da guerra da Bósnia (1992-1995), foram desenterrados do fundo de um lago na fronteira da Bósnia com a Sérvia, afirmaram especialistas forenses nesta terça-feira.
"Desenterramos um total de 396 restos esqueléticos, que pertencem a ao menos 97 corpos", afirmou Amor Masovic, chefe do Instituto de Pessoas Desaparecidas da Bósnia.
As vítimas --que se acredita serem parte dos mil bósnios muçulmanos que desapareceram da cidade de Visegrad, no leste do país, em 1992-- foram encontrados num esforço conjunto de especialistas forenses bósnios e sérvios durante uma operação de dois meses e meio.
Masovic afirmou que a operação foi uma das mais extensas desde que se iniciaram as buscas por vítimas de guerra em 1996 e é a primeira conduzida em conjunto por autoridades sérvias e de Kosovo, refletindo a melhora nas relações entre os antigos rivais.
Cerca de 2.000 especialistas e voluntários participaram da difícil busca ao longo dos dois lados do Lago Perucac, uma parte represada de 60 quilômetros de extensão do rio Drina, que em boa parte está esvaziada para reparos na represa.
Veljko Odalovic, chefe da comissão sérvia para pessoas desaparecidas, afirmou que os restos esqueléticos que se acreditam pertencerem a 11 vítimas foram encontrados no lado sérvio do lago.
"Acredito que o estabelecimento do destino dos desaparecidos é uma das questões mais importantes e pode ser a chave para a reconciliação na região", afirmou Odalovic, acrescentando que isso também deveria servir como exemplo em como resolver outras questões pendentes entre os antigos inimigos.
A equipe dele, junto com representantes da comissão de Kosovo para pessoas desaparecidas, também busca por albaneses de Kosovo mortos por forças sérvias durante os bombardeios da Otan em 1999. Os corpos foram colocados num caminhão refrigerado e jogados no mesmo lago.
Cerca de 14 mil pessoas ainda estão desaparecidas desde as guerras nos Bálcãs dos anos 1990, 10 mil delas na Bósnia.
Acredita-se que por volta de mil civis de Visegrad foram mortos em 1992 pelas forças sérvias bósnias, com o auxílio de aliados da vizinha Sérvia, numa tentativa de criar um mini Estado exclusivamente sérvio na Bósnia.
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