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29/10/2010 - 09h49

Japão recua e diz que anúncio de provável reunião com a China tratou-se de um erro

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DA FRANCE PRESSE, EM HANÓI (VIETNÃ)

Após anunciar um provável encontro cara a cara entre os premiês japonês, Naoto Kan, e chinês, Wen Jiabao, o governo do Japão recuou e disse que as declarações foram errôneas.

A suposta reunião ocorreria nesta sexta-feira na capital do Vietnã, onde se realiza uma cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), horas depois de os chanceleres dos dois países tiveram um encontro.

"A delegação japonesa indica que o anúncio precedente de uma reunião Japão-China às 18h35 era errôneo", disse à imprensa uma autoridade nipônica.

Os dois países haviam concordado em trabalhar para melhorar as suas relações e para retomar as negociações para que um campo de gás disputado no Mar da China Oriental volte a operar, dissera mais cedo o ministro japonês das Relações Exteriores, Seiji Maehara.

O chanceler também anunciara que "provavelmente" seria realizada em Hanoi a cúpula entre os primeiros-ministros dos dois países para resolver a crise diplomática, agora considerada um erro.

"Nós concordamos que faremos esforços para melhorar as relações entre o Japão e a China (...) A China também concordou", disse Maehara.

"Também decidimos retomar as negociações sobre o desenvolvimento do campo de gás no Mar da China Oriental", acrescentou.

Depois de um período de calma, a tensão entre os dois vizinhos recomeçou no início de setembro, quando a Guarda Costeira japonesa capturou um barco pesqueiro chinês nas águas em litígio.

No início do mês, milhares de jovens chineses se manifestaram contra o controle do Japão sobre as ilhas disputadas, conhecidas como Senkaku em japonês e Diaoyu em chinês.

PRISÃO

As autoridades chinesas libertaram no dia 9 deste mês o último dos quatro funcionários japoneses de uma empresa de construção acusados de acesso ilegal a instalações militares. A libertação veio em meio a retomada da normalidade nas relações entre os dois países, que viveram dias de tensão após Tóquio capturar o capitão de um pesqueiro chinês que trabalhava em águas disputadas pelos dois países.

A agência oficial de notícias Xinhua informou que Sadamu Takahashi foi libertado depois de pagar fiança exigida pelo escritório de Segurança do Estado de Shijiazhuang e assinar uma carta de arrependimento.

As detenções foram interpretadas como uma medida de pressão para que Tóquio libertasse o capitão chinês Zhan Qixiong, detido com a tripulação em 7 de setembro quando trabalhava em águas das ilhas Diaoyu, disputadas também pelo Japão, que as denomina Senkaku, e por Taiwan, que as chama Tiaoyu.

Os três países disputam as ilhotas desabitadas há décadas, desde a descoberta que as mesmas abrigam jazidas de gás e petróleo.

A detenção dos japoneses provocou uma das piores tensões entre os dois titãs asiáticos desde 2005, com cancelamento de intercâmbios diplomatas em alto nível.

A imprensa de Hong Kong informou que o capitão chinês mostrava sintomas de embriaguez no momento em que colidiu em 7 de setembro com duas patrulheiras japonesas. Ele retornou à China, contudo, como um herói e assegurou que voltará a trabalhar em águas das Diaoyu.

 

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