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Democratas atuam na defensiva e há até quem fuja de Obama
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ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
Se os republicanos terão de lidar com as consequências de uma campanha bem sucedida, os democratas chegam às vésperas da eleição na defensiva e perdendo apoio entre grupos que os levaram para a Casa Branca em 2008.
É consenso que o partido perdeu o controle do discurso político deste ano.
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Passaram a campanha inteira lutando contra uma posição clara dos republicanos de culpar o presidente Barack Obama e os líderes do Congresso pelas mazelas da economia -- principal preocupação do eleitorado.
Mas não conseguiram fixar o público em uma agenda própria. As batalhas que venceram --Obama conseguiu aprovar a reforma da saúde, ainda que diluída, a reforma financeira e pacotes econômicos-- mal foram citadas.
Elaine Thompson - 20.out.2010/AP | ||
Presidente Barack Obama cumprimenta eleitores ao chegar a Seattle no último dia 20, onde fez atos de campanha |
Pelo contrário: candidatos procuraram fugir das medidas impopulares -a reforma da saúde tem 53% de desaprovação -- e se mostrar como "diferentes" de Obama.
O presidente chegou a um ponto de rejeição que, em alguns Estados, fez acordos com os candidatos para ficar longe durante as campanhas. Mas mesmo onde ainda podia ajudar, ele começou a pedir apoio tarde demais, só intensificando esforços nas últimas semanas.
Para Scott Rasmussen, do instituto de pesquisas Rasmussen, o voto deste ano será mais contra os democratas do que a favor da oposição.
Para ele, o eleitorado se sente abandonado: 51% creem que os democratas são o partido pró-grandes empresas, o mesmo índice de republicanos. "O povo não se sente representado", afirmou.
Segundo Alexander Keyssar, da Universidade Harvard, "democratas perderam a visão do que queriam fazer". "Não conseguem justificar a agenda como projeto de justiça social", disse à Folha.
Pesquisa do "New York Times" mostra que o partido perdeu a vantagem dos últimos ciclos eleitorais entre mulheres, católicos, a população de baixa renda e os independentes. Todos esses grupos preferiram Obama há dois anos e os democratas para o Congresso há quatro.
Os resultados em várias faixas são surpreendentes. Se as mulheres escolherem os republicanos neste ano, será a primeira vez que isso acontece desde 1982.
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