Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
02/11/2010 - 19h33

Americanos votam nos 50 Estados dos EUA; comparecimento às urnas é grande

Publicidade

DE SÃO PAULO
DA FRANCE PRESSE, EM CHICAGO

O comparecimento dos eleitores às urnas nesta terça-feira parece forte, segundo autoridades eleitorais nos EUA. O voto no país é facultativo, e os democratas --incluindo o presidente Barack Obama-- se esforçaram para convencer os eleitores a votar, tentando limitar as perdas para os republicanos, já que o controle do poder legislativo está em jogo.

Acompanhe a cobertura completa das eleições nos EUA
Entenda o que está em jogo nestas eleições
Democratas tentam conter avanço republicano
Veja quais as disputas mais acirradas
Republicanos terão muito trabalho para montar uma frente unida nos EUA; ouça
Baixa popularidade de Obama vai influenciar eleições nos EUA; ouça correspondente
Veja imagens das eleições

Nestas eleições legislativas de meio de mandato, os americanos renovam por completo a Câmara de Representantes (435 cadeiras) e 37 ocupantes do Senado (de um total de cem), assim como 37 governadores dos 50 Estados do país.

A votação começou às 8h (de Brasília) e desde as 13h, quando Alasca e Havaí abriram as urnas, todos os 50 Estados americanos estão realizando as eleições.

Molly Riley/Reuters
Eleitores votam em Alexandria, na Virgínia; democratas tentaram levar americanos às urnas para frear republicanos
Eleitores votam em Alexandria, na Virgínia; democratas tentaram levar americanos às urnas para frear republicanos

Às 15h (de Brasília) de amanhã, depois portanto do fechamento das urnas e com a maioria dos resultados das eleições conhecidos --embora em alguns casos a definição dos vencedores possa levar dias--, o presidente Barack Obama deverá conceder uma entrevista coletiva na Casa Branca. O jornal americano "The New York Times" chamou o evento de "post mortem", considerando a esperada derrota dos democratas nas urnas.

O descontentamento dos americanos com a economia deve dar ao Partido Republicano a maioria na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos nas eleições desta terça-feira, segundo as últimas pesquisas divulgadas ontem, além de recuperar terreno também no Senado.

COMPARECIMENTO

A participação do eleitor é tipicamente baixa em eleições não-presidenciais. Nas eleições legislativas de 2006, foi de apenas 47,8% --o melhor resultado registrado desde 1994, quando 48,3% dos eleitores foram às urnas. Já nas presidenciais de 2008, 63,6% dos eleitores inscritos emitiram seu voto, segundo a agência de recesseamento.

Em Chicago, onde Obama foi senador, a corrida eleitoral parecia experimentar uma renovada força eleitoral. "Até agora estamos otimistas. Tivemos números sólidos pela manhã", afirmou Jim Allen, porta-voz do comitê eleitoral de Chicago.

Em Minnesota, que geralmente lidera a participação eleitoral no país, a participação dos eleitores foi significativa pela manhã, informou o secretário de Estado, Mark Ritchie. "O clima está ideal, não poderia ser melhor. Isso combinado com uma corrida bastante competitiva nos dá uma boa ideia de que vamos superar nossas estimativas", acrescentou.

Já em Ohio, a participação parece ser mais moderada, segundo Kevin Kidder, porta-voz do escritório do secretário de Estado.

As autoridades eleitorais de Wisconsin também informaram sobre uma boa participação, assim como em Kentucky, Carolina do Norte, Nova York, Missouri e Virgínia.

Mas em Maryland a expectativa é de que o comparecimento seja menor que a normal, de cerca de 57% até o início da tarde, segundo Linda Lamone, que coordena as eleições no Estado. "Mas nunca se sabe. As pessoas podem se entusiasmar às 17h e correr para as seções eleitorais", explicou.

O Comitê Nacional Democrata informou sobre uma alta participação na Costa Leste, em tendência de aumento após o meio-dia, destacando a entusiasmada atividade dos voluntários.

APELO DE OBAMA

Em mais uma da série de entrevistas que vem concedendo em busca de votos para seus aliados, Obama exortou nesta terça-feira eleitores jovens e hispânicos a comparecerem às urnas.

"Os que estiverem ouvindo, lembrem-se: o futuro cabe a vocês definir. Se vocês não se envolverem, alguém o definirá por vocês. Umas das melhores maneiras de evitar isso é votando hoje", afirmou Obama à rádio KPWR, de Los Angeles (Califórnia) e voltada aos jovens.

David Maxwell/Efe
Ainda nesta manhã, Obama falou a diversas rádios e alertou para "situação difícil" no caso de vitória republicana
Ainda nesta manhã, Obama falou a diversas rádios e alertou para "situação difícil" no caso de vitória republicana

Enfrentando um pleito considerado um referendo da primeira metade do seu mandato, Obama defendeu seu governo e afirmou ter obtido muitas coisas para quem assumiu em meio à maior crise econômica em várias décadas. O presidente citou o pacote de resgate econômico, a reforma da saúde e a saída das tropas de combate do Iraque.

"As coisas têm melhorado nos últimos dois anos. E só as podemos manter assim se eu tiver alguns amigos e aliados no Congresso", disse Obama, falando da Casa Branca.

Mais cedo, Obama havia alertado em outras entrevistas a rádios --todas com públicos-alvos caros ao presidente-- para uma situação "muito difícil" caso os republicanos obtenham a maioria no Congresso.

ABERTURA DAS URNAS

Apesar da existência do voto antecipado em diversos locais do país, a abertura oficial das urnas se deu no início da manhã desta terça. Os primeiros colégios eleitorais na costa leste do país abriram pouco depois das 6h da manhã (8h em Brasília).

As eleições devem ir até às 2h da manhã de quarta-feira (em Brasília), quando fecham os colégios eleitorais no Alasca e no Havaí.

Tim Shaffer/Reuters
Eleitor deixa urna de votação no Estado de Delaware, um dos primeiros a darem início às eleições
Eleitor deixa urna de votação no Estado de Delaware, um dos primeiros a darem início às eleições

Estima-se que ao menos 90 milhões dos cerca de 218 milhões de eleitores com direito a voto vão às urnas nesta terça-feira.

A previsão do tempo para o país é estável, e não há indicações de problemas graves que possam interferir no andamento da votação.

PESQUISAS

As últimas pesquisas apontam que no Senado, segundo o especialista Cliff Young, do instituto Ipsos, os democratas devem manter a maioria, com 52 ou 53 do total de 100 senadores. Na Câmara, segundo essa pesquisa, os republicanos devem ficar com 231 dos 435 deputados (ou 50% dos votos nacionais, contra 44% para os democratas).

A pesquisa ouviu 1.075 adultos entre os dias 28 e 31 de outubro, sendo 893 eleitores registrados e 654 que disseram ter a intenção de votar. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para toda a amostra, 3,3 pontos para os eleitores registrados, e 3,8 pontos para os que pretendem vota

Já a última pesquisa do instituto Gallup, realizada entre quinta-feira e domingo, com 1.539 prováveis eleitores, coloca os republicanos na dianteira com 55% das intenções de voto, contra 40% dos democratas.

Outro levantamento conjunto do "The Wall Street Journal" e do canal de televisão "NBC" também prevê um grande avanço dos republicanos diante do que descrevem como "frustração" com o presidente Barack Obama e o Congresso de maioria democrata.

Na consulta encomendada pelos dois veículos de comunicação, os republicanos aparecem com uma vantagem de seis pontos e atingem 49% do apoio popular, contra 43% obtidos pelos democratas.

Quase a metade dos eleitores que se inclinam por um Congresso de maioria republicana assegura que trata-se de um "voto de protesto" contra os democratas.

Os distintos resultados das pesquisas do "The Wall Street Journal" e do Gallup são um exemplo, mas outras consultas diferem também no grau de apoio: o canal "Fox News", por exemplo, coloca os conservadores 13 pontos à frente, para a "CNN" são dez, enquanto o "The New York Times", prevê vantagem de seis pontos dos republicanos.

COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página