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Tea Party faz entrada triunfante no Congresso americano
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DA REUTERS
A vitória de candidatos republicanos apoiados pelo Tea Party nas eleições desta terça-feira confirmou que o movimento conservador vai ter um assento na primeira fila em Washington para promover cortes nos gastos do governo e no deficit do orçamento.
Ao mesmo tempo, sua presença pode tornar mais difícil para republicanos e democratas chegarem a um meio termo nos principais assuntos do dia, e levaria a mais impasse político.
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Os republicanos Marco Rubio, da Flórida, e Rand Paul, de Kentucky, levaram a bandeira do Tea Party ao cantar a vitória na corrida pelo Senado.
Hans Deryk /Reuters |
O republicano Marco Rubio, apoiado pelo Tea Party, conquistou a vaga para o Senado pelo Estado da Flórida |
Outros não conseguiram chegar lá, como a republicana Christine O'Donnell, "queridinha" apoiada pela líder do Tea Party Sarah Palin. O'Donnell derrotou o republicano moderado Mike Castle nas primárias e conquistou a nomeação do partido para concorrer pelo Estado de Delaware, mas perdeu a disputa nas urnas para o democrata Chris Coons.
O Tea Party é um novo fenômeno na política americana. É um movimento populista de extrema-direita, motivado pela oposição aos impostos, à elevação do gasto público e às reformas propostas pelo governo de Barack Obama, como a da imigração e do sistema de saúde.
Os democratas tentaram pintar um retrato dos membros do Tea Party como extremistas políticos.
Os republicanos receberam muito bem os deputados do Tea Party, sentindo que eles pressionavam pelos mesmos assuntos e temendo que, do contrário, arriscavam rachar o Partido Republicano ao meio.
"Sabemos que eles estão focados nas mesmas coisas que nós --reduzir os gastos excessivos, reduzir a dívida, derrubar ou substituir o sistema de saúde", disse Don Stewart, porta-voz do líder republicano no Senado, Mitch McConnell. "Estamos todos apontando para a mesma direção nessa frente."
Mas o movimento Tea Party pode dar a Obama um novo alvo para atacar enquanto ele se ajusta à sua nova realidade política em Washington.
Alguns no movimento apoiam gestos dramáticos como eliminar os departamentos de Energia e Educação como forma de economizar dinheiro, e reduzir a influência do governo na vida dos americanos, e essas ideias não devem ser abraçadas pelo grande público provavelmente.
McConnel e o líder republicano na Câmara, John Boehner, vão enfrentar o dilema de assegurar que o Tea Party seja uma força positiva dentro do partido, e não uma distração danosa enquanto os republicanos buscam maiores vitórias no Congresso em 2012 e tentam tirar de Obama a chance de um segundo mandato.
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