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08/11/2010 - 11h56

Imã radical do Iêmen defende morte de americanos

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O imã radical americano-ienemita Anwar Al Awlaqi pediu nesta segunda-feira que os americanos sejam mortos "sem hesitar", em uma mensagem de vídeo postada na internet.

Awlaki, que nasceu no Estado americano do Novo México e cresceu alternando estadias nos EUA e no Iêmen, é suspeito de ligação com a rede terrorista Al Qaeda e extremistas que participaram de pelo menos três atentados contra os EUA. No sábado (6), a Justiça iemenita decretou sua captura "vivo ou morto" por coautoria na morte de um francês. Ele é procurado ainda pela CIA, a agência de inteligência americana.

Al Awlaki possui centenas de vídeos na internet nos quais dá sermões em árabe e inglês. Considerado ultrarradical pelos EUA, o imã faz pregações na internet convocando militantes e simpatizantes a participar de uma guerra santa contra o país. Em algumas das gravações Al Awlaki prega sobre os benefícios de se morrer em nome da religião.

"Não consulte ninguém ao matar americanos", afirmou Awlaqi, considerado persona de grande influência nos militantes, em um vídeo de 23 minutos. "Para matar o demônio não é preciso nenhuma fatwa (decreto religioso)".

"Somos nós ou são vocês", enfatizou Awlaqi dirigindo-se aos americanos. O conteúdo do vídeo foi divulgado pelo site de vigilância de sites islamitas SITE.

Awlaqi criticou ainda os líderes iemenitas de corruptos e disse que está na hora dos clérigos assumirem o poder.

No vídeo, o pregador sunita afirma que a região é cenário de um "conflito entre Estados Unidos e Israel, por um lado, e Irã, pelo outro". "As primeiras vítimas do Irã (de maioria xiita) serão os povos sunitas do golfo".

INFLUÊNCIA

Segundo o jornal americano "New York Times" ele se encontrou na Califórnia e em Washington com pelo menos um dos sequestradores que atuaram no 11 de Setembro.

Al Awlaki também chegou a classificar como seu aluno o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab -que tentou explodir um avião que voava entre Amsterdã e Detroit no último Natal.

A terceira conexão dele seria com Nidal Malik Hasan, o major americano que matou 13 militares no maior massacre já registrado em uma base militar em território americano, em 5 de novembro passado.

Uma jovem britânica que esfaqueou um parlamentar também disse ter assistido discursos de Al Alwaki.

Desde abril deste ano, as forças americanas receberam sinal verde do governo para caçar e matar o clérigo. Mas a pressão ficou maior depois de dois pacotes-bombas serem interceptados em aviões com carga do Iêmen com destino a mesquitas em Chicago.

Um dos objetos foi achado em uma aeronave de carga da empresa UPI no aeroporto de East Midlands, cerca de 260 km a norte de Londres. O pacote, contendo um cartucho de tinta de impressora modificado, foi enviado do Iêmen para Chicago, nos EUA, em voo com escala no Reino Unido.

O outro foi descoberto em uma instalação da FedEx Corp em Dubai. O pacote de Dubai foi levado para exames de laboratório para tentar determinar sua natureza, informa um comunicado da autoridade de aviação civil do país, segundo a agência de notícias estatal. A Qatar Airways confirmou que o pacote de Dubai foi transportado em um de seus voos de passageiros partindo da capital iemenita, Sanaa, com escala em Doha.

A tentativa de ataque foi reivindicada pela Al Qaeda na Península Árabe, braço da rede terrorista no Iêmen. Autoridades iemenitas dizem que ele pode ter abençoado os planos, mas não necessariamente participou ativamente deles.

Al Awlaki estaria escondido nas montanhas ao sul do Iêmen, sob proteção de sua família e tribo. Alguns analistas dizem que o país não se esforça para capturá-lo.

 

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