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15/11/2010 - 21h40

Manifestantes acusam ONU de levar cólera ao Haiti e lançam violentos protestos

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DE SÃO PAULO
DA REUTERS

Manifestantes no Haiti que culpam as tropas das Nações Unidas pela epidemia de cólera que matou centenas de pessoas jogaram pedras em membros das forças de paz em duas cidades nesta segunda-feira. O incidente aumenta a preocupação sobre a situação de segurança no país, que tem eleições presidenciais marcadas para este mês.

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Casos de cólera dobram diariamente e Haiti precisa que doações cheguem rapidamente

Na segunda maior cidade do Haiti, Cap-Haitien, no norte, centenas de manifestantes gritando slogans contra a ONU jogaram pedras contra membros da organização, fizeram barricadas de fogo e queimaram um posto policial, segundo autoridades do país.

"A cidade toda está parada. Comércio e escolas fecharam. Carros foram queimados. Está um caos aqui", disse o empresário Georgesmain Prophete.

Adouin Zephirin, representante do governo em Cap-Haitien, disse que houve registros de alguns feridos, mas nenhum de morte.

Na região central, em Hinche, manifestantes jogaram pedras contra soldados nepaleses, que foram alvos de boato de terem trazido a epidemia de cólera ao país.

A missão da ONU no Haiti, que ajuda a pobre nação caribenha a se recuperar após o devastante terremoto de 12 de janeiro, nega rumores de que latrinas perto de um rio em um campo de nepaleses na ONU foram a causa da epidemia.

O Centro Americano de Prevenção e Controle de Doenças disse que exames de DNA mostram que o tipo de cólera presente no Haiti é mais semelhante a uma variação do sul da Ásia. Mas o centro não apontou a fonte, ou ligou o caso diretamente às tropas nepalesas. A ONU disse que exames dos soldados nepaleses deram negativo para a doença.

A epidemia já matou mais de 900 pessoas e deixou mais de 15 mil doentes, criando uma nova crise no país mais pobre do hemisfério Ocidental, que já sofre para se reconstruir após o terremoto que matou mais de 250 mil pessoas.

Medo, incerteza e raiva tomaram o país, já traumatizado pelo tremor, que também deixou 1,5 milhão de desabrigados.

Mesmo assim, o governo haitiano decidiu manter a data das eleições presidenciais e legislativas, marcadas para 28 de novembro.

 

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