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Jovem da Califórnia é acusada de cooperação com radicais islâmicos da Somália
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Uma californiana de 24 anos foi acusada de apoiar os radicais islâmicos do grupo Al Shabab, da Somália, que se declaram ligados à rede terrorista internacional Al Qaeda, informou na segunda-feira o Departamento de Justiça.
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Nima Ali Yusuf foi detida no dia 12 de novembro, acusada de "conspirar para proporcionar apoio material a terroristas e conspirar para proporcionar apoio material aos shebab", indicou a promotora Laura Duffy em um comunicado.
A jovem, que vive em San Diego, também foi indiciada "por falsa declaração a uma agência do governo acerca do terrorismo internacional", acrescentou Duffy, sem fornecer mais detalhes.
As duas primeiras acusações que pesam contra Nima são passíveis, cada uma, de uma pena de 15 anos de prisão e multa de US$ 250 mil dólares. A terceira acusação pode ser punida com até oito anos de prisão e multa de mesmo valor.
Nima Ali Yusuf foi presa sem a opção de libertação mediante pagamento de fiança. Sua audiência está marcada para esta quinta-feira (18).
Os membros do Al Shabab, considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos, controlam a maior parte do centro e sul da Somália.
CAPITAL DO TERRORISMO
Ainda ontem (15) um ranking da empresa de consultoria global Maplecroft revelou que a Somália já tomou o lugar do Iraque e se transformou na capital mundial do terrorismo, como país que corre maior risco de ataques.
O novo Índice de Risco de Terrorismo lista ainda ameaça crescente na Rússia, Grécia e Iêmen, mas menor na Índia e na Argélia. O Brasil fica na 64ª posição, no grupo de países com baixo risco.
A Maplecroft afirmou que, entre junho de 2009 e junho de 2010, período em que o ranking foi elaborado, a Somália sofreu 556 incidentes terroristas que deixaram 1.437 mortos e 3.408 feridos.
"A Somália é o país do mundo com o maior número de mortos por terrorismo em proporção à sua população, tendo superado o Iraque e Afeganistão em número de mortos por ataque terrorista", disse a consultoria.
A principal ameaça, afirma, vem do grupo islâmico Al Shabab, que reivindicou vários ataques suicidas a bomba, incluindo o ataque em fevereiro de 2009, que matou onze soldados de Burundi na missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas).
O mais recente índice diz que o aumento do perigo verificado na Somália e no Iêmen (9º colocado) se deve à violência ligada à rede terrorista Al Qaeda, enquanto os riscos na Rússia (10ª) estão relacionados a ataques de separatistas no norte do Cáucaso.
Mas a maior mudança no ranking ficou por conta da Grécia, que passou do 57º para o 24º lugar, superou a Espanha e tornou-se o país europeu de maior risco. A consultoria atribuiu a tendência a grupos de esquerda e anarquistas violentos --como o responsabilizado pelos recentes pacotes-bomba enviados de Atenas para líderes europeus.
O Iraque, onde a violência desencadeada após a invasão de 2003 liderada pelos Estados Unidos vem recuando, é o terceiro colocado no ranking --depois de liderar a lista em 2008 e 2009.
Os EUA (33º), França (44ª) e Reino Unido (46º) permaneceram como risco médio e Canada (67º) e Alemanha (70ª), como risco baixo.
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