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28/11/2010 - 20h29

Eleições terminam no Haiti; haitianos e 12 candidatos pedem anulação por fraudes

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

As eleições presidencial e legislativa foram encerradas na noite deste domingo no Haiti em meio a protestos de milhares de haitianos, que saíram às ruas de Porto Príncipe exigindo a anulação do pleito por acusações de manipulação por parte do partido governante.

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Além disso, dos 18 candidatos à Presidência, 12 pediram a anulação das eleições por causa de supostas irregularidades e fraude. Eles também pediram a renúncia do presidente René Préval, alegando ter provas de que houve uma série de irregularidades ao longo da jornada eleitoral para favorecer o candidato governista, Jude Célestin.

Em entrevista coletiva, o Conselho Eleitoral Provisório do Haiti descartou a possibilidade de anular as eleições.

Os candidatos denunciaram, em declaração conjunta, "uma conspiração do governo e do Conselho Eleitoral Provisório (CEP) para alterar as eleições em benefício do candidato do partido governista", Jude Célestin.

Hector Retamal/AFP
Cédula eleitoral em Porto Príncipe; 12 candidatos à Presidência pediram anulação do pleito por "fraudes massivas"
Cédula eleitoral em Porto Príncipe; 12 candidatos à Presidência pediram anulação do pleito por "fraudes massivas"

Eles fizeram esta declaração diante de partidários em um hotel de Porto Príncipe, constatou a AFP no local, depois de vários incidentes em locais de votação de várias cidades.

"Não se trata unicamente de fraude; é um verdadeiro escândalo, um verdadeiro sequestro das eleições", havia dito pouco antes à AFP o porta-voz de Manigat, Patrice Dumond. Manigat já tinha feito alusão ao risco de fraudes, dias antes das eleições.

As urnas foram fechadas oficialmente às 16h (19h em Brasília). Os cidadãos que já estavam na fila puderam continuar aguardando até votar.

DENÚNCIA

Os protestos foram liderados pela candidata democrata-cristã Mirlande Manigat, favorita nas pesquisas, com 36% da intenção de votos.

Ela detalhou que em vários locais as urnas já estavam "cheias" antes do início das votações e que os mesários dormiram no interior dos colégios eleitorais, o que não está previsto na lei eleitoral.

Os responsáveis de centros de votação impediram os representantes de seu partido, o Reunião dos Democratas Nacionais Progressistas (RDNP) chegar ao interior dos locais de votação, como denúncia de Manigat, quem "protestou" por esta situação.

Em declarações aos jornalistas, Manigat revelou que em algumas regiões os responsáveis pelos centros de votação perguntam aos eleitores em quem eles pretendem votar. Se eles não declaram votos no candidato governista (Inite) não os deixam entrar.

"É com este tipo de manobra que (Jude) Célestin quer ganhar eleição?", questionou a candidata, em referência ao aspirante governista à Presidência.

Ela pediu à população que não aceite o que está ocorrendo e "solicitou o confisco das urnas cheias". Convidou também os eleitores a continuarem com o exercício de seu direito de voto, mas "sem violência. A lei deve ser respeitada", disse.

 

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