Coreia do Sul aprova reorganização interna de suas Forças Armadas

A Coreia do Sul nomeou nesta quinta-feira um novo secretário presidencial de Defesa e anunciou a promoção de 111 militares das Forças Armadas, em uma reorganização que acontece após as críticas por sua reação branda ao ataque norte-coreano de 23 de novembro.

Em outra mudança importante, o general Hwang Eui-don renunciou na terça-feira ao cargo de chefe do Exército sul-coreano, para o qual foi nomeado o ex-vice-ministro da Defesa Kim Sang-ki.

Enquanto segue viva a polêmica pela atuação militar após o ataque da Coreia do Norte contra a ilha de Yeonpyeong, que deixou quatro mortos, fontes oficiais informaram que o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, designou Yoon Young-bum como o novo secretário de Defesa.

O titular anterior, Kim Byoung-gi, foi demitido em novembro por sua atuação no caso do ataque norte-coreano, informou a agência local Yonhap.

O novo secretário é membro da Comissão do Armistício Militar do Comando da ONU, encarregada de controlar o cumprimento do armistício que pôs fim à Guerra da Coreia (1950-53).

Por outro lado, o Ministério da Defesa anunciou a promoção de 111 militares das Forças Armadas, entre eles a coronel Song Myung-soon, que passa a ser brigadeiro-general do Exército, transformando-se na primeira mulher com uma estrela entre os altos comandantes de combate do país.

Além disso, o almirante Kim Jeong-du foi nomeado novo vice-presidente da Junta do Estado-Maior, enquanto Shin Hyun-don passa a ser o novo responsável do Comando Especial de Guerra.

Na reunião do Gabinete que aprovou as mudanças, o primeiro-ministro sul-coreano, Kim Hwang-sik, pediu que os militares "renasçam como Forças Armadas preparadas para o combate e capazes de dissuadir a Coreia do Norte de novas provocações", informou a Yonhap.