Correligionário de Berlusconi é preso em operação contra máfia

A polícia da Itália deteve nesta terça-feira 12 pessoas na província de Reggio Calabria por suposta corrupção eleitoral envolvendo atividade mafiosa nas eleições regionais e municipais de março passado. Entre eles, está um conselheiro do partido do primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

A operação Reale 3, que levou à prisão de sete supostos membros da máfia do N'drangheta e cinco políticos de centro-direita, foi realizada com a acusação de associação mafiosa e corrupção eleitoral agravada com fins mafiosos, segundo comunicado de fontes policiais.

Os investigadores acreditam que esses cinco candidatos às eleições regionais negociaram com membros do clã Pelle do N'drangheta, em troca de votos "captados ilicitamente", a entrega de algumas importantes concessões públicas às empresas dos mafiosos, desde que conseguissem ser eleitos.

Dentre esses cinco políticos detidos, o nome mais relevante é o de Santi Zappalà, eleito nas eleições regionais e municipais conselheiro da região da Calábria pelo partido Povo da Liberdade (PdL), o mesmo de Berlusconi.

Os investigadores acreditam que Zappalà chegou a negociar com o chefe do clã do N'drangheta, Giuseppe Pelle, para conseguir votos e, inclusive, contribuiu para que a máfia calabresa assumisse o controle de atividades econômicas na região.