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Bento 16 busca aplacar crise com a China e nomeia religioso chinês no Vaticano
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DA FRANCE PRESSE, NA CIDADE DO VATICANO
O papa Bento 16 designou pela primeira vez um religioso de nacionalidade chinesa, o salesiano Savio Hon Tai Fai, como secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos, importante entidade da Cúria Romana, informou nesta quinta-feira o Vaticano.
A nomeação do salesiano, que reside em Hong Kong, foi realizada em plena crise entre o Vaticano e a China.
A Santa Sé denunciou recentemente a "intolerância religiosa" de Pequim e "as tentativas de controlar a consciência dos cidadãos" assim como a interferência em assuntos internos da Igreja católica.
O papa conhece bem a trajetória do religioso chinês, membro desde 2004 da Comissão Teológica Internacional.
Savio Hon Tai Fai, de 60 anos, traduziu o catecismo católico para o chinês, um trabalho realizado em coordenação com o então cardeal Joseph Ratzinger e atual papa Bento 16.
Trata-se do primeiro chinês a chegar a um cargo tão importante no Vaticano, responsável por 1.080 circunscrições eclesiásticas nos cinco continentes, o que significa administrar recursos para as missões da ordem de 9 bilhões de euros.
CRÍTICAS "INFUNDADAS"
Ainda nesta quarta-feira (22) o governo da China considerou "infundadas" as críticas do Vaticano sobre uma assembleia da Igreja Católica oficial chinesa, que não é reconhecida pelo papa.
O Vaticano na semana passada condenou a China por supostamente violar a liberdade religiosa e direitos humanos depois da nomeação de membros superiores da Igreja Católica oficial da China.
A ordenação do reverendo Joseph Guo Jincai, em 20 de novembro, como bispo sem reconhecido do Vaticano foi duramente criticada e já havia gerado polêmica anteriormente.
O Vaticano chamou as nomeações de "inaceitável e atos hostis". A Igreja mostrava revolta por muitos bispos e padres terem supostamente sido obrigados pelo governo a comparecer na promoção dos clérigos chineses.
"As acusações de atos inaceitáveis e hostis do Vaticano, formuladas após a oitava assembleia de representantes católicos chineses, são um ataque contra a liberdade religiosa na China", disse um porta-voz do governo.
A declaração foi publicada nesta quarta-feira em um porta-voz da Administração para Assuntos Religiosos do Estado da China.
CONTROVÉRSIA
Os católicos chineses são calculados em 5,7 milhões, segundo dados oficiais, divididos entre a Igreja oficial, que tem o clero dependente das autoridades políticas, e uma Igreja não reconhecida chamada de "subterrânea", que baseia sua legitimidade na obediência ao papa.
As relações entre o Vaticano e a China comunista tem sido tensas. A Igreja Católica de Roma cortou laços com o governo chinês em 1951.
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