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03/01/2011 - 04h07

Analistas indicam que superavit comercial chinês está sobrevalorizado

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DA EFE

O superavit comercial da China está sobrevalorizado, já que considera como exportações as vendas de produtores estrangeiros com fábricas no país, afirmaram analistas nesta segunda-feira (03) através da agência oficial "Xinhua".

Segundo os especialistas, estes cálculos "não refletem a complexidade do comércio global, no qual o projeto, a fabricação e a montagem dos produtos costumam envolver vários países".

O professor da Universidade Internacional de Economia e Negócios Tu Xinqian assinalou que "nem sempre os produtos exportados por um país são completamente feitos por esse país, pelo que o superavit comercial entre duas nações não pode ser interpretado sempre como lucro de só um deles".

Um relatório do Banco de Desenvolvimento Asiático coloca como exemplo a fabricação dos iPhones, que nos EUA são considerados uma exportação chinesa, mesmo que o projeto seja da americana Apple e a China apenas monte os componentes fabricados por vários países.

O estudo destaca que os US$ 179 do custo do iPhone são atribuídos à China, que é responsável apenas pelos cerca de U$ 7 da montagem.

O diretor da Administração Geral de Alfândegas da China, Sheng Guangzu, indicou em declarações a "Xinhua" que 54,7% das exportações chinesas procedem de empresas com investimento estrangeiro, pelo que o lucro destas não fica totalmente no lugar onde se encontram as fábricas.

Segundo dados das alfândegas chinesas, as empresas com investimento estrangeiro produziram nos 11 primeiros meses de 2010 um superávit comercial de US$ 112,51 bilhões, dois terços do total.

"Muitas firmas estrangeiras vêm à China para se beneficiar dos baixos custos da mão de obra, levam grande parte do lucro e a China apenas é paga pelo processamento. No entanto, as estatísticas tradicionais asseguram que todo o valor dos produtos fica para a China", lamentou o diretor de alfândegas.

Os principais parceiros comerciais do gigante asiático, a União Europeia e os EUA, se queixaram durante anos do grande déficit comercial que sofrem no comércio bilateral com a China, e por isso pediram que Pequim, entre outras medidas, valorize o iuane.

 

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