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Alemanha e EUA desenvolvem satélites-espiões, revela WikiLeaks
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Os EUA e a Alemanha negociam em parceria e secretamente, sob fachada de cooperação comercial, o desenvolvimento de uma rede de satélites-espiões de alta tecnologia, projeto que motiva forte oposição da França.
A informação consta dos mais de 250 mil papéis diplomáticos dos EUA disponibilizados pelo site WikiLeaks e foi revelada ontem no jornal da Noruega "Aftenposten".
O projeto, batizado de HiROS, consistiria na construção de número não determinado de satélites de observação de alta resolução, capazes de distinguir objetos de 50 cm, com capacidade de observação noturna e rápido envio de dados à Terra.
O custo do projeto é estimado em US$ 270 milhões, e os seus satélites entrariam em órbita em até dois anos.
Oficialmente, o HiROS tem fins civis, mas na prática, segundo o 'Aftenposten", estaria "sob o controle total" do serviço secreto e da agência espacial da Alemanha (DLR).
Na série de despachos, que datam do período entre fevereiro de 2009 e fevereiro de 2010 e são provenientes da Embaixada dos EUA em Berlim, diplomatas relatam oposição de alguns países europeus, sobretudo a França.
As queixas de Paris, dizem os papéis, foram ignoradas pelos alemães, "fartos de serem manipulados pela França" em práticas comerciais.
França e Alemanha, bem como Bélgica, Espanha, Grécia e Itália, já cooperam em um sistema europeu de satélites, que poderia ser prejudicado pela eventual cooperação germano-americana.
O "Aftenposten" citou o funcionário da DLR Andreas Eckardt dizendo não haver cooperação prevista com a França ou outro país da UE.
Ontem, Berlim negou estar desenvolvendo programa de satélites-espiões, afirmando se tratar de um projeto com fins unicamente científicos e para a segurança nacional.
O "Aftenposten" obteve acesso aos documentos do WikiLeaks por meios desconhecidos, uma vez que não possui acordo com o site. A Folha é um dos sete veículos de imprensa que tiveram acesso antecipado aos documentos.
BANK OF AMERICA
O Bank of America, segundo o "New York Times", pôs em prática um plano para evitar ser alvo de vazamentos. Em novembro, Julian Assange disse que um grande banco americano seria o seu próximo alvo.
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