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Líder radical xiita iraquiano Moqtada Sadr volta ao Iraque
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O líder radical xiita iraquiano Moqtada Sadr voltou ao Iraque depois de ter passado quatro anos em exílio autoimposto no Irã. Seu retorno acontece depois de sua facção ter conseguido um acordo para participar do novo governo, definido em dezembro, após nove meses de impasse.
"Chegou por volta das 15h (10h em Brasília) com vários dirigentes do movimento", disse o porta-voz. "Não se trata de uma simples visita. Vai ficar em Najaf [cidade sagrada xiita]", continuou.
Sadr chefiou o Exército de Mahdi, uma milícia criada em 2003 e que foi considerada a mais poderosa do Iraque, com 60 mil homens. Ele combateu as forças americanas e foi responsabilizado por muitas mortes na guerra sectária que rachou o país após a invasão das tropas dos Estados Unidos.
Ele saiu do Iraque no fim de 2006, mas mantém grande popularidade em algumas camadas da população xiita.
Centenas de seguidores lotaram a mesquita do imã Ali para cantar "sim, sim a Moqtada" na chegada do clérigo, vestido com tradicionais roupas pretas e um pano preto na cabeça.
"A primeira coisa que Moqtada fez foi visitar a mesquita, túmulo de seu pai, e depois ele foi para a casa da família em Hanana", disse Mazan Al Sadi, clérigo sadrista.
Sadr centralizou o sentimento antiamericano após a invasão americana e a derrubada do ditador sunita Saddam Hussein e levou a ao menos duas revoltas contra as forças americanas em 2004.
O Exército Mehdi foi derrotado pelas forças comandadas pelo premiê Nuri Al Maliki em 2008 e teve seu fim decretado pelo próprio Sadr em agosto deste ano. Alguns oficiais americanos e muitos árabes sunitas veem com cautela este anúncio.
Ele fugiu do Iraque entre 2006 e 2007, depois que uma ordem de prisão foi emitida contra ele. Acredita-se que seu destino foi a cidade sagrada de Qom, onde teria estudado religião.
Sadristas dizem que o governo garantiu sua segurança e liberdade em sua volta ao Iraque.
"Moqtada volta como um importante parceiro no Parlamento, no processo político e no poder executivo", disse o analista político iraquiano Ibrahim Al Sumaidaie.
"Os americanos não vão apresentar objeções ao seu retorno. Seu retorno significa que Moqtada estará fora do controle iraniano e agirá de acordo com as prioridades iraquianas", disse.
O movimento político de Sadr emergiu depois do acordo para fazer parte da coalizão governista, liderada por Maliki. Ele tem 39 cadeiras no novo Parlamento e receberão sete ministérios.
"Eu acho que isso vai dar um novo impulso para o governo e salienta que Sadr está apoiando firmemente este governo", disse o analista político iraquiano Hameed Fadhel da Universidade de Bagdá. "Ele escolheu este momento para confirmar que ele está apoiando o governo, Maliki e da agenda do governo."
Sadi disse que, embora haja preocupações de que o clérigo pode ser alvo de ataque, seus laços com o novo governo lhe dão alguma segurança. "Há preocupações de que alguém vai atingir Sadr, especialmente quando você sabe que ele tem muitos inimigos".
"O governo não se atreverá a tocá-lo porque sabe que ele tem uma grande base de apoio público e dado o seu apoio e participação no processo político."
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