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05/01/2011 - 18h54

Líder da oposição diz que guerra civil pode ser evitada na Costa do Marfim

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O oposicionista considerado o presidente legitimamente eleito na Costa do Marfim segundo a comunidade internacional, Alassane Ouattara, disse nesta quarta-feira que uma operação militar para expulsar o atual presidente, Laurent Gbagbo, seria o último recurso.

As 15 nações do bloco regional Cedeao (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental) ameaçaram remover o presidente em fim de mandato à força se as negociações, que já duram mais de uma semana, falharem.

Analistas, entretanto, duvidam que a Cedeao seja capaz de intervir militarmente.

"Não será necessária uma guerra pois claramente a Cedeao tomará uma decisão rápida para removê-lo e removê-lo não representa uma guerra civil na Costa do Marfim", disse Ouattara.

Em compensação, o enviado da União Africana (UA), o premiê do Quênia, Raila Odinga, disse que "vidas serão perdidas, não apenas vidas de soldados, mas também de pessoas inocentes".

Odinga acredita que o uso da força seria também um último recurso.

NEGOCIAÇÕES

Na segunda-feira, Gbagbo havia rejeitado pela segunda vez o pedido da Cedeao e da U) para entregar o poder ao presidente eleito do país segundo a comunidade internacional, Alassane Ouattara.

A comissão de líderes africanos na Costa do Marfim havia oferecido à Gbagbo um acordo de anistia sob a condição de que ele ceda pacificamente o governo a Ouattara.

O encontro com a delegação da Cedeao na segunda-feira foi a segunda visita de três chefes de Estado africanos --Boni Yayi, do Benim; Ernest Bai Koroma, de Serra Leoa, e Pedro Pres, de Cabo Verde. Eles fizeram uma primeira tentativa na semana passada. O primeiro-ministro do Quênia, Raila Odinga, compareceu representando a União Africana.

A atitude de Gbagbo, considerado presidente pelo Conselho Constitucional da Costa do Marfim, que para isso anulou quase um milhão de votos que favoreciam Ouattara, colocou o país à beira de outra guerra civil.

A maioria dos países africanos apoia Ouattara, com exceção de Angola. Os Estados Unidos e a União Europeia impuseram uma proibição de viagens para Gbagbo e seu círculo mais íntimo, enquanto que o Banco Mundial e o Banco Central dos Estados da África Ocidental congelaram suas finanças.

 

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