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06/01/2011 - 21h13

EUA defendem aumentar sanções da ONU sobre Costa do Marfim

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DA EFE

A embaixadora dos EUA perante a ONU, Susan Rice, pediu nesta quinta-feira que seja considerado aumentar o regime de sanções internacional sobre a Costa do Marfim, perante a recusa de Laurent Gbagbo de entregar o poder ao considerado vencedor das eleições, Alassane Ouattara.

Susan lembrou que os Estados Unidos e a União Europeia (UE) impuseram medidas próprias nos últimos dias, como o congelamento de bens de Gbagbo e seus colaboradores mais próximos.

"No caso da ONU, existe um regime de sanções sobre a Costa do Marfim e enquanto a situação seguir paralisada, acho que temos a obrigação de revisar e decidir se deve ser aumentados e reforçados", disse a embaixadora americana na saída de uma reunião do Conselho de Segurança.

Nessa mesma linha, assinalou que não há nenhum prazo para considerar este assunto, mas ressaltou: "é hora de começarmos a discutir seriamente".

A embaixadora também se mostrou partidária de conceder à missão de paz da ONU na Costa do Marfim (Unoci) "o necessário para ser eficaz e efetiva", mas não quis dizer se apoia o pedido do Departamento de Operações de Paz do organismo para enviar até dois mil soldados adicionais ao país africano.

PRESSÃO

Em Washington, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou nesta quinta-feira o congelamento dos bens de Gbagbo, de sua esposa, Simone Gbagbo, e de seus assessores e membros mais próximos: Desire Tagro, Pascal Affi N'Guessan e Alcide Djedje.

A maioria dos países africanos apoia Ouattara, com exceção de Angola. Na esteira de sanções, os Estados Unidos e a União Europeia impuseram uma proibição de viagens para Gbagbo e seu círculo mais íntimo, enquanto que o Banco Mundial e o Banco Central dos Estados da África Ocidental congelaram suas finanças.

O prolongamento da crise na Costa do Marfim aumentou as preocupações dos responsáveis das Nações Unidas, que temem um reatamento da guerra civil que abalou o país entre 2002 e 2007, e o dividiu em dois.

Além disso, acusam os partidários de Gbagbo de estar por trás de uma campanha para instigar a violência contra os cerca de dez mil soldados e policiais destacados pela ONU em todo o país.

Gbagbo exigiu reiteradamente a retirada das tropas da Unoci e dos soldados franceses que as apoiam, que entre outras tarefas se encarregam de garantir a segurança de Ouattara.

O considerado vencedor do pleito de outubro pela comunidade internacional se encontra cercado no Hotel Golfe de Abidjã, capital econômica do país, desde 16 de dezembro.

 

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