Partido governista do Paquistão tenta recuperar maioria no Parlamento

O primeiro-ministro paquistanês, Yousuf Raza Gillani, deve se reunir nesta sexta-feira (07) com integrantes do MQM (Muttahida Quami Movement), formação que abandonou a coalizão de governo e deixou o PPP (Partido Popular) em minoria no Parlamento.

Fontes do MQM e do escritório do primeiro-ministro confirmaram que o encontro será em Karachi, feudo político do MQM, que tem 25 cadeiras.

Guilani já se reuniu na noite de quinta-feira com o governador da província de Sindh - cuja capital é Karachi -, Ishrat-ul-Ebad, que pertence ao MQM.

Esta formação reuniu seu comitê para decidir qual estratégia será adotada na reunião com o primeiro-ministro paquistanês.

Até janeiro, o PPP e o MQM formavam a coalizão que governava tanto o Paquistão quanto a província de Sindh, mas a quarta força do Parlamento do país decidiu se retirar do Executivo nacional e passar à oposição.

Apesar do apoio de pequenos partidos, a saída do movimento deixou o PPP (127 cadeiras) sem a maioria absoluta, e por isso a formação iniciou uma intensa agenda de contatos com outras forças, como a Liga Muçulmana-Q (50 cadeiras), para resolver a crise.

Em uma tentativa de agradar à oposição, Guilani anunciou a revogação do aumento do preço dos produtos derivados do petróleo, medida que muitos partidos, entre eles o MQM, exigiam para apoiar o governo.

A decisão, no entanto, foi duramente criticada pelos EUA e o FMI (Fundo Monetário Internacional).

O PPP sofre pressão internacional para cortar subsídios e reformar o imposto sobre o valor agregado, para assim receber ajuda estrangeira, mas a maioria dos partidos do país já expressou seu receio pelas impopulares medidas.