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14/01/2011 - 12h01

Veja quais são as etapas para João Paulo 2º se tornar santo

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KELLY VELÁSQUEZ
DA FRANCE PRESSE, NA CIDADE DO VATICANO

O pontífice João Paulo 2º será beatificado em maio próximo, anunciou o Vaticano nesta sexta-feira, em um passo prévio à sua canonização.

Desde que se facilitou o caminho da canonização para os futuros santos, graças à reforma do Código de Direito Canônico de 1983, diminuíram os obstáculos e exigências para se chegar a santo.

São três as etapas pelas quais deve passar o candidato a santo --confirmação das "virtudes heroicas", beatificação, e canonização--, para as quais se necessita de um milagre comprovado.

O primeiro passo para o processo de beatificação geralmente é dado pelo bispo da diocese à qual pertence o candidato. Para tal, era necessário esperar ao menos cinco anos depois de sua morte, mas, em maio de 2005, um mês depois da morte de João Paulo 2º, seu sucessor abriu uma exceção, dispensando-o do prazo habitual de cinco anos após a morte do candidato a santo.

Durante a investigação, primeiro se demonstra que o candidato tinha "fama de santidade" e que merece ser proposto à canonização.

O bispo e/ou leigos, ou inclusive um chamado "postulador" (espécie de advogado de defesa), levam posteriormente a proposta à Congregação para as Causas dos Santos --mais conhecida em Roma como "fábrica de santos"--, que é encarregada de dar o "nihil obstat" (permissão) para iniciar o verdadeiro processo das "virtudes heroicas".

O postulador deve reunir toda a informação, de depoimentos até cartas e escritos, para demonstrar que o candidato praticava de forma "heroica" e continuada as virtudes da fé.

O informe passa, então, pelas mãos do antigamente chamado "advogado do diabo", assim denominado porque criava mil entraves e obstáculos no caminho do candidato. Atualmente conhecido como "promotor da fé", ele passou a ser quase um colaborador do futuro santo, tratando de ajudá-lo indiretamente a demonstrar suas qualidades.

Os teólogos consultores, os cardeais e até o papa têm o direito de opinar nesta etapa do processo, depois da qual se pode prever a beatificação, sempre e quando se tenha demonstrado pelo menos a existência de um milagre que possa ser atribuído ao candidato.

A reforma do Código de Direito Canônico exige a demonstração de mais um milagre para proclamar um santo.

Mas demonstrar a validade do milagre não é tarefa fácil. A Congregação para as Causas dos Santos se vale da assessoria de uma equipe de 70 médicos e vários especialistas, assim como dos estudos clínicos aos quais é submetido o indivíduo supostamente curado por um milagre.

Uma primeira aproximação do fenômeno denominado "milagre" é que a cura tenha acontecido de forma instantânea, perfeita e duradoura e inexplicável cientificamente, como a de uma doença incurável ou muito difícil de se tratar.

 

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