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Número de mortos na Costa do Marfim chega a 247, diz ONU
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DA REUTERS
Ao menos 247 pessoas morreram durante a violência na Costa do Marfim desde uma contestada eleição presidencial, disse o departamento de direitos humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta sexta-feira.
O último balanço, divulgado na semana passada, era de 210 vítimas dos confrontos entre forças de segurança leais ao presidente Laurent Gbagbo e simpatizantes de Alassane Ouattara, apontado pela comunidade internacional como vencedor da eleição presidencial de novembro na Costa do Marfim.
Luc Gnago/Reuters | ||
Estudantes marfinenses protestam perto de veículo da ONU em chamas nesta quinta; mortos chegam a 270 |
O porta-voz da ONU Rupert Colville disse que as novas vítimas incluem quatro civis e sete policiais mortos em confrontos no subúrbio de Abobo, em Abidjã.
A ONU afirmou ainda que outras 49 pessoas estão desaparecidas, incluindo 20 que desapareceram nesta última semana.
A organização diz que a maioria dos mortos e sequestrados foram vítimas de membros das forças de segurança leais a Gbagbo ou de milícias ligadas a ele. Segundo a entidade, os assassinatos e sequestros aconteceram, em sua maioria, em operações regulares realizadas à noite, que tinham como alvo principal simpatizantes de Ouattara.
Os aliados de Gbagbo rejeitam as acusações e afirmam que vários policiais foram mortos por simpatizantes armados de Ouattara.
Mais de 20 mil pessoas já fugiram para a vizinha Libéria, temendo novos confrontos.
HISTÓRICO
Poucos dias após a votação de 28 de novembro, a Comissão Eleitoral Independente declarou o opositor Ouattara como vitorioso com 54,1% dos votos válidos, contra 45,9% de Gbagbo.
O resultado foi reconhecido pela ONU, Estados Unidos e União Europeia. No mesmo dia, contudo, Gbagbo apelou ao Conselho Constitucional com alegações de fraude eleitoral. O órgão anulou cerca de 10% dos votos, a maioria em redutos de Ouattara, dando a vitória a Gbagbo com 51%.
Desde então, a comunidade internacional pressiona Gbagbo a deixar o poder e já aplicou as mais diversas sanções --como veto ao visto de viagem aos países da União Europeia e o congelamento dos fundos estatais no Banco Central da União Monetária e Econômica do Oeste Africano.
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