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18/01/2011 - 17h28

No Egito, pedreiro morre após atear fogo ao próprio corpo

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O egípcio Ahmed Hashem el Sayed, 25, morreu nesta terça-feira na cidade de Alexandria em meio a uma onda de "autoimolações" no norte da África. Os incidentes ocorrem após a derrubada do ditador tunisiano Zine el Abidine Ben Ali na semana passada, motivada por protestos que se iniciaram depois que um jovem ateou fogo ao próprio corpo.

Reuters
Desempregado há um ano, o pedreiro de 25 anos morreu em Alexandria, no Egito, após atear fogo ao próprio corpo
Desempregado há um ano, o pedreiro de 25 anos morreu em Alexandria, no Egito, após atear fogo ao próprio corpo

Ainda nesta terça-feira outros dois homens tentaram se matar da mesma forma no centro do Cairo, capital do Egito, e ontem (17) mais um derramou gasolina sobre o próprio corpo e ateou fogo a si mesmo em frente ao Parlamento. Os três sobreviveram.
Desempregado há um ano, el Sayed estava em tratamento para depressão. Segundo autoridades locais os problemas mentais tiveram início depois que seu irmão também ateou fogo a si mesmo e morreu, cinco anos atrás.

O pedreiro ateou fogo ao próprio corpo na noite de segunda-feira, no telhado de sua casa em Alexandria.

Um artigo na capa do jornal estatal "Al Ahram" tentou acalmar os ânimos da população relembrando que o ditador Hosni Mubarak, 82, tem o interesse de combater a pobreza e assegurar maiores benefícios a todos os egípcios.

Na ausência de um pronunciamento público de Mubarak sobre a queda de Ben Ali, o artigo na capa do jornal parece ser a única tentativa do governo de tentar conter a onda de protestos.

Praticamente metade os 80 milhões de habitantes do Egito vivem abaixo ou pouco acima da linha da pobreza de US$ 2 por dia estabelecida pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Em 17 de dezembro, o vendedor ambulante Mohamed Buazizi, 26, ateou fogo ao próprio corpo para protestar contra o confisco de sua mercadoria pela polícia na Tunísia, desencadeando uma onda de protestos contra o desemprego que culminou com a queda do ditador Zine El Abidine Ben Ali.

Desde então, gestos semelhantes foram registrados também na Argélia e Mauritânia.

 

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