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20/01/2011 - 14h08

Liga Árabe adverte líderes sobre insatisfação popular em países da região; entenda

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em meio à revolta na Tunísia e à onda de autoimolações e protestos na Argélia, Egito, Jordânia, Mauritânia e Iêmen, o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, admitiu ontem (19) que a insatisfação popular na região chegou a um nível "sem precedentes" e que a "alma árabe" está abalada pela pobreza, o desemprego e a recessão.

Falando a mais de 20 países numa cúpula econômica da liga em Sharm el Sheikh, no Egito, Moussa disse que a revolução tunisiana não é um caso isolado.

###CRÉDITO###

"O cidadão árabe entrou num estágio de fúria sem precedentes. Estou certo de que atingir um desenvolvimento tangível aos árabes aliviará nossas sociedades destes desafios", afirmou.

Um fundo de US$ 2 bilhões deve ser criado em ajuda aos países mais pobres do bloco.

Em reação, o chanceler egípcio, Ahmed Aboul Gheit, disse que a reunião deve tratar das questões sociais sem abordar temas políticos.

Somente na Argélia, dez pessoas tentaram o suicídio por autoimolação desde o último sábado.

No Egito houve três casos e um pedreiro de 25 anos morreu no Cairo.

TRANSIÇÃO

De acordo com a ONU, os protestos em Túnis já deixaram ao menos 117 mortos, sendo 70 por autoimolação.

A alta comissária para direitos humanos da entidade disse que condenar os responsáveis pela repressão aos protestos é crucia para a paz.

A ONU enviou uma equipe ao país para investigar denúncias de abusos.

Tentando conter as manifestações, o governo de transição tunisiano vem anunciando medidas de abertura.

Ontem, o ministro do Interior, Najib Chebbi, anunciou a libertação de todos os prisioneiros políticos no país, incluindo militantes do grupo islâmico Ennahda.

O governo interino decidiu investigar contas do ex-ditador Zine el Abidine Ben Ali no exterior, e a Suíça anunciou o bloqueio de seus ativos em bancos do país.

Ainda ontem os tunisianos visitaram casas de familiares de Ben Ali saqueadas durante a revolta popular.

 

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