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21/01/2011 - 21h19

Mais três egípcios atearam fogo ao próprio corpo

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DA REUTERS

Mais três egípcios atearam fogo no próprio corpo nesta sexta-feira, aparentemente seguindo o exemplo do jovem tunisiano cuja autoimolação deu origem à recente rebelião popular no país.

Um desempregado egípcio de 35 anos ateou fogo a si mesmo e ficou gravemente ferido, segundo fontes médicas e de segurança. Outros dois operários da indústria têxtil --setor do qual vários funcionários se envolveram em protestos contra o governo anos atrás-- também jogaram combustível nos seus corpos e sofreram queimaduras.

O egípcio Ahmed Hashem el Sayed, 25, morreu nesta terça-feira na cidade de Alexandria em meio a uma onda de "autoimolações" no norte da África. Os incidentes ocorrem após a derrubada do ditador tunisiano Zine el Abidine Ben Ali na semana passada, motivada por protestos que se iniciaram depois que um jovem ateou fogo ao próprio corpo.

Em 17 de dezembro, o vendedor ambulante Mohamed Buazizi, 26, ateou fogo ao próprio corpo para protestar contra o confisco de sua mercadoria pela polícia na Tunísia, desencadeando uma onda de protestos contra o desemprego que culminou com a queda do ditador Zine El Abidine Ben Ali.

Desde então, gestos semelhantes foram registrados também na Argélia e Mauritânia.

PROTESTO

Houve três outros casos de autoimolação no Egito, mas testemunhas e fontes disseram que eles foram motivados principalmente por fatores psicológicos, e não por protestos políticos.

Analistas dizem que várias imolações e tentativas no Egito parecem ser motivadas por queixas semelhantes às dos tunisianos que foram às ruas neste mês e derrubaram o governo do presidente Zine el Abidine Ben Ali.

A exemplo do que acontece na Tunísia, muitos egípcios se queixam da pobreza, do desemprego e da repressão governamental. Não há sinais, no entanto, de que esteja em curso uma rebelião que possa desestabilizar o governo do presidente Hosni Mubarak, no poder desde 1981.

Num dos casos ocorridos no Egito, fontes de segurança disseram que Salah Saad Mahmoud, de 35 anos, havia chegado ao Cairo na esperança de arrumar trabalho e juntar dinheiro para comprar uma casa e se casar, planos que não deram certo. Ele ateou fogo ao corpo no meio de uma rua, e as chamas foram debeladas por transeuntes.

A instituição islâmica egípcia Al Azhar, patrocinada pelo Estado, alertou que o suicídio, por qualquer razão, é condenado pela religião islâmica. Na sexta-feira, mesquitas de todo o país dedicaram sermões a esse tema.

 

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