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22/01/2011 - 22h39

Chefe do Banco Central da África Ocidental renuncia

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DA FRANCE PRESSE, EM BAMAKO

O governador do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), o marfinense Philippe-Henry Dacoury-Tabley, próximo do presidente Laurent Gbagbo, renunciou ao cargo, segundo anunciou em comunicado divulgado este sábado em Bamako.

O governo do presidente Gbagbo anunciou que "rejeita a demissão forçada" do governador do Banco Central dos Estados Africanos do Oeste (BCEAO), declarou este sábado o porta-voz deste governo à TV da Costa do Marfim.

O governo de Gbagbo "continua recusando" a decisão dos ministros das Finanças da União Econômica e Monetária Oeste-africana (UEMOA), adotada em 23 de dezembro, de dar ao rival do chefe de Estado marfinense em fim de mandato, Alassane Ouattara, reconhecido como presidente no exterior desde as eleições presidenciais de 28 de novembro, todos os poderes para administrar os assuntos vinculados a esta instituição e ao BCEAO, declarou Ahoua Don Mello.

Portanto, "rejeita a demissão forçada do marfinense Philippe-Henry Dacoury-Tabley, governador da BCEAO", acrescentou o porta-voz, em uma declaração.

"O governo da República da Costa do Marfim chama a população, os operadores econômicos e financeiros à serenidade. Todas as disposições serão adotadas para garantir o funcionamento regular do sistema bancário marfinense", concluiu o porta-voz.

A UEMOA, da qual o BCEAO é o banco emissor, solicitou a Alassane Outtara, considerado pela comunidade internacional o presidente legítimo da Costa do Marfim, que nomeie um novo governador, informou uma fonte oficial.

O pedido consta de um comunicado publicado ao fim de uma cúpula de dirigentes dos oito países-membros da UEMOA, acrescentou.

Dacoury-Tabley apresentou sua demissão por iniciativa própria, segundo comunicado publicado ao fim da cúpula.

Sua posição como governador do BCEAO, posto que ocupava há dois anos, se tornou insustentável após as sanções impostas na sexta-feira pela União Europeia (UE): congelamento de bens e proibição de viajar ao exterior.

Ele era criticado por ter descartado uma decisão dos ministros de Finanças da UEMOA, adotada em 23 de dezembro, de conceder a Alassane Ouattara, o presidente marfinense reconhecido pela comunidade internacional, todos os poderes para gerir os assuntos relacionados com esta instituição e o BCEAO.

Apesar da decisão dos ministros, segundo uma fonte de alto escalão ligada à UEMOA, o BCEAO autorizou o desembolso de 60 bilhões de francos CFA (91,5 milhões de euros) para o regime de Gbagbo desde esta data.

 

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