Papa declara "firme reprovação" pelo atentado de Moscou

O papa Bento 16 expressou sua "profunda dor e firme reprovação" pelo atentado no Aeroporto Domodedovo de Moscou, que matou ao menos 35 pessoas na véspera, informou o Vaticano.

"Sua Santidade Bento 16 expressa sua profunda dor e firme reprovação pelo grave ato de violência, desejando fazer chegar seus sentimentos de proximidade espiritual e de pêsames aos familiares das vítimas", escreveu o cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, em um telegrama enviado em nome do Pontífice ao presidente da Rússia, Dimitri Medvedev.

O papa, acrescentou Bertone, reza "pelas vidas perdidas" e invoca a Deus o conforto para todos os que choram por seus entes queridos mortos no aeroporto de Domodedovo, de Moscou.

Bento 16 enviou sua bênção aos feridos e se uniu à dor da Rússia.

A bomba foi detonada em um atentado suicida nas esteiras de bagagem do terminal de chegadas internacionais às 16h40 locais (11h40 no horário de Brasília), deixando vários corpos no chão e cobrindo o local de fumaça. A lista de vítimas divulgada pelo Ministério de Emergências inclui oito estrangeiros --dois britânicos, um alemão e cidadãos da Bulgária, Quirguistão, Tadjiquistão, Uzbequistão e Ucrânia.

Nesta segunda-feira, as autoridades locais disseram ter encontrado a cabeça de um homem de aparência árabe, de idade entre 30 e 35 anos, que seria o homem-bomba. Mas a agência de notícias France Presse, que cita uma fonte de segurança anônima, diz que há evidências de que uma mulher-bomba foi responsável pelo ataque --como nos ataques do ano passado ao metrô de Moscou.