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Beduínos controlam trânsito em estradas próximas de resorts no Egito
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ANDRÉ LOBATO
EM DAHAB E SUEZ
O clima de desordem no Egito levou tribos de beduínos -descendentes de grupos nômades que migraram da península Arábica há centenas de anos- a assumirem a segurança das principais estradas da península do Sinai, que ligam o país a Israel.
Em uma viagem de cerca de 250 km entre Suez e Dahab, a reportagem passou por cinco postos de controle.
Três deles eram comandados apenas por beduínos e outros dois por nômades e policiais, em um sistema de parceria.
Um policial, armado com uma submetralhadora, que pediu para não ter o nome revelado, disse à Folha que os policiais da região estão com medo e por isso delegaram suas tarefas de segurança para as tribos.
"Os beduínos agora nos protegem, não temos mais o que fazer", disse ele.
Nos postos de controle, os beduínos, em trajes árabes tradicionais, checavam os documentos de todos os viajantes, revistavam malas e veículos e faziam perguntas sobre a origem, o destino e o motivo da viagem.
A maioria não portava armas de forma aparente e, na maioria das vezes, a abordagem era respeitosa.
Mas uma das estradas em que a reportagem esteve chegou a ser fechada por outro grupo de 50 beduínos, que faziam uma manifestação contra o governo queimando pneus e fazendo barricadas.
Oficiais do Exército egípcio afirmaram que a maioria das tropas no Sinai recebeu ordens para proteger a cidade turística de Sharm el Sheikh, onde o ditador Hosni Mubarak mantém uma casa e onde estão instalados vários resorts de luxo.
Com medo de viajar de carro até o Cairo, turistas em Dahab, também centro turístico, tentavam chegar ao aeroporto de Sharm el Sheikh para deixar o país.
"Não consigo entrar em contato com a minha família, e, quando cheguei no aeroporto, disseram que o sistema de venda de passagens estava fora do ar. Agora só é possível comprar do exterior", disse a turista canadense Maria Potetz, 22.
SUEZ
Em Suez, sede do canal de mesmo nome e cidade de forte vocação econômica, bancos e comércio ficaram fechados, apesar de domingo ser dia útil no Oriente Médio.
O serviço de remessas internacional de dinheiro não funcionou, preocupando grande parte da população, dependente de remessas internacionais de amigos e parentes.
Escolas, indústrias e escritórios também não abriram. Caixas eletrônicos começavam a ficar sem dinheiro.
A cidade, no entanto, teve um dia ontem um pouco mais calmo do que a véspera, quando dezenas de veículos foram incendiados no centro por manifestantes furiosos.
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