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07/02/2011 - 16h42

Rússia e Japão trocam acusações em disputa de arquipélago

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Uma disputa entre a Rússia e o Japão sobre um disputado arquipélago aumentou nesta segunda-feira, com o governo japonês criticando uma visita às ilhas feitas pelo presidente russo, Dmitri Medvedev, enquanto Moscou acusou Tóquio de patrocinar grupos anti-Rússia.

O premiê japonês, Naoto Kan, disse em Tóquio que a visita de Medvedev, ocorrida em novembro, à localidade chamada pela Rússia de ilhas Kuril do Sul, no oeste do Pacífico, foi "uma afronta imperdoável".

Já o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, classificou a afirmação de Kan de "claramente não diplomática".

AP/Kyodo News
Japoneses que moraram em arquipélago gritam "Retornem, Territórios do Norte", em Namuro
Japoneses que moraram em arquipélago gritam "Retornem, Territórios do Norte", em Namuro

Lavrov também criticou a liderança japonesa por "decidir não se distanciar" de grupos nacionalistas da sociedade civil, cujas ações ele chamou de "absolutamente inaceitáveis".

Grupos ultranacionalistas orquestraram "nojentos atos públicos profanando" a bandeira russa em frente à embaixada do país em Tóquio na última sexta-feira, afirmou o Ministério de Relações Exteriores russo em um comunicado.

"Devemos verificar se o presente aumento em demonstrações de confrontação no Japão é um resultado de políticas das autoridades", afirmou o ministério, acusando o governo japonês de enviar fundos a grupos antirussos.

A viagem de Medvedev foi a primeira feita por um líder russo às ilhas, que têm sido um inconveniente persistente nas relações com o Japão.

O arquipélago foi ocupado pela então União Soviética no final da Segunda Guerra Mundial e a disputa territorial pesa nas disputas entre Tóquio e Moscou desde então, impedindo a assinatura de um tratado de paz formal.

O Japão se refere às ilhas como seus Territórios do Norte.

"A soberania da Rússia sobre as Ilhas Kurile não está disponível para qualquer tipo de revisão, nem, hoje, nem amanhã", disse o principal assessor do Kremlim, Sergei Prikhodko.

 

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