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Países árabes observam com medo e cautela protestos no Egito
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DA EFE, NO CAIRO
Líderes árabes observam os protestos populares no Egito com "cautela", à espera de que a situação se esclareça, e com "medo" de que a crise possa se estender por seus países, como garantiram diversos especialistas árabes.
"A situação no Egito é incerta, não se pode prever o que ocorrerá no final, portanto os governos do Golfo e os vizinhos [do Egito] observam com cautela os fatos porque muito possivelmente isto tenha consequências em seus países", disse nesta quinta-feira o analista no mundo árabe do Centro de Estudos Estratégicos Al-Ahram, Mohammed Abbas.
Nos primeiros dias da revolta, o rei jordaniano Abdullah 2º se limitou a expressar seu desejo de que fosse mantida a segurança e a estabilidade no Egito, em comunicado oficial.
No Líbano, fontes ligadas à Presidência e ao governo evitaram falar sob o pretexto que o país está centrado na atualidade nos graves problemas internos que enfrenta.
Os únicos líderes árabes que até o momento parecem ter tomado uma postura pública mais contundente sobre o sucedido no país da desembocadura do Nilo foram o rei saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, e o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al Maliki.
Quem demonstrou apoio sem fissuras a Mubarak foi Israel, por meio de seu chefe de Estado, Shimon Peres, que no último dia 31 de janeiro disse que "sempre teve e tem grande respeito pelo presidente Mubarak".
Egito, junto à Jordânia, são os únicos países árabes que assinaram a paz com Israel.
Como mostra do medo que inspiram os protestos, Abbas citou os casos da Argélia, Iêmen e Jordânia, que "se movimentaram para satisfazer algumas das exigências populares", embora para o analista "estas concessões são ainda limitadas".
Pedro Ugarte/AFP | ||
Egípcios protestam contra o governo de Hosni Mubarak na praça Tahrir, centro do Cairo, pelo 17º dia seguido |
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