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México nega ligação entre Al Qaeda e cartéis de droga
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DA ANSA, NA CIDADE DO MÉXICO
O ministro mexicano do Interior, José Francisco Blake, rechaçou as acusações da secretária americana de Segurança Doméstica, Janet Napolitano, de que existe um vínculo entre o cartel de drogas Los Zetas e a rede terrorista Al Qaeda.
Blake atestou que não existe nenhum indício nem elementos que possam apontar para esta ligação, já que os grupos fariam parte de "dois fenômenos muito diferentes".
O crime organizado, segundo ele, tem origem no tráfico de drogas para a região fronteiriça e expandiu-se para diversos territórios.
Na quarta-feira, Napolitano disse, frente ao Comitê de Segurança Nacional da Casa dos Representantes (deputados) dos Estados Unidos, que o governo de Barack Obama tem tomado providências para uma possível aliança entre um cartel mexicano de narcotráfico com a Al Qaeda.
De acordo com a secretária, a rede terrorista tenta se aproveitar dos grupos criminosos mexicanos para atacar o território americano.
Washington elevou a violência decorrente do narcotráfico no México para o nível um, "o mais alto em termos de prioridade", segundo James Clapper, chefe da Direção Nacional de Inteligência (DNI) americana.
Segundo Clapper, as forças de segurança mexicanas têm sido "inadequadas" para combater os cartéis de droga e "conter a violência criminosa".
Ele elogiou as reformas institucionais tomadas pelo presidente Felipe Calderón para combater os grupos criminosos no México, mas afirmou que as mudanças têm sido lentas 'devido à escassez de recursos, prioridades políticas enfrentadas e resistência burocrática'.
No início da semana, o subsecretário do Exército dos Estados Unidos, Joseph Westphal, assinalou que existe o risco de que o crime organizado tome conta do governo mexicano.
Devido aos altos índices de violência e das relações mantidas com governantes, alguns estados mexicanos têm sido chamados de "narcoestados".
Em 2006, quando Calderón assumiu a presidência, o governo federal do México decidiu mobilizar as Forças Armadas para combater o narcotráfico, e, desde então, o país tem vivido uma escalada nos índices de violência que, em 2010, levou a pelo menos 28 mil assassinatos, segundo dados oficiais.
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