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11/02/2011 - 22h31

Mineiros chilenos consideraram canibalismo e suicídio

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DA ANSA, EM SANTIAGO DO CHILE

Alguns dos 33 mineiros chilenos que ficaram presos na mina San José por 69 dias chegaram a pensar em cometer suicídio e canibalismo, segundo entrevista concedida por Luiz Zamora, um dos sobreviventes, ao canal de TV americano CBS.

"Disse a um companheiro: 'bom, se vamos seguir sofrendo, é melhor que vamos ao refúgio, ligamos o motor de uma máquina e vamos [morremos] com o monóxido de carbono", relatou o mineiro, que completou dizendo acreditar que todos pensaram o mesmo.

Os mineiros sobreviveram por 16 dias antes que uma sonda fizesse contato com eles. Nesse intervalo de tempo, eles chegaram a passar até 48 horas se alimentando com algumas colheradas de atum em conserva.

"Era não seguir sofrendo. De qualquer jeito iríamos morrer", declarou Zamora.

O jornal chileno "La Cuarta" destacou que o livro "33 hombres" ("33 homens"), que será lançado pelo jornalista inglês Jonathan Franklin, do diário britânico "Guardian", afirma que eles chegaram a pensar em canibalismo.

Mario Sepúlveda, outro sobrevivente, teria revelado a Franklin que "tinha que pensar em qual mineiro ia morrer primeiro e como ia comê-lo. Não tinha vergonha, não tinha medo".

A versão foi classificada por Elvira Valdivia, esposa de Sepúlveda, como "um exagero de alguns que se querem fazer notar". "Seguramente, o jornalista inglês está fazendo isso para vender mais livros. Isso é falso", acrescentou.

O psicólogo Alberto Iturra, que atendeu aos mineiros, comentou que "nunca soube dessa versão, ainda que ela seja factível dentro do mundo das possibilidades". Ele acrescentou que "todas as pessoas em algum minuto na vida pensaram que o melhor seria morrer".

 

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