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12/02/2011 - 20h35

Farc decidem libertar mais um refém, diz Piedad Córdoba

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

De acordo com a ex-senadora colombiana Piedad Córdoba, as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que já libertariam cinco reféns até este domingo, decidiram soltar também o policial Carlos Alberto Obando Pérez, aumentando para seis o número de reféns que deixarão o reduto da guerrilha nesta semana.

"Carlos Alberto Obando Pérez também voltará amanhã para casa. Amanhã não abraçaremos dois, mas três libertados. Que felicidade", escreveu Córdoba em sua conta no Twitter.

Raul Arboleda/Reuters
Equipe comemora o resgate do vereador José Armando Acuña,segundo a ser libertado pelas Farc nesta semana
Equipe comemora o resgate do vereador José Armando Acuña, segundo a ser libertado pelas Farc nesta semana

O policial Obando Pérez trabalhava como escolta quando foi sequestrado em 28 de dezembro de 2010 no departamento de Tolima (centro), zona onde será entregue no domingo na companhia de outros dois reféns.

Com Obando, as Farc libertarão o major de polícia Guillermo Solórzano, sequestrado em junho de 2007, e o cabo do exército Salín Sanmiguel, preso desde maio de 2008.

Pouco depois do anúncio de Córdoba, o presidente da Colômbia Juan Manuel Santos confirmou a notícia, expressando sua satisfação, mas reiterando que as Farc devem libertar todos os sequestrados.

Na véspera, o vereador Armando Acuña e o fuzileiro naval Henry López foram libertados pelas Farc.

As Farc já haviam libertado unilateralmente, na quarta-feira, um outro vereador, Marcos Vaquero.

Estes reféns são os primeiros libertados pela guerrilha desde que assumiu o poder o ex-ministro da Defesa (2006-2009) Juan Manuel Santos, que acedeu à presidência, em agosto de 2010.

A guerrilha das Farc, criada em 1964 e ativa em cerca da metade do território colombiano, ainda mantém 18 reféns que ela qualifica de "prisioneiros políticos". São policiais e militares que pretende trocar por seus combatentes presos.

Uma centena de civis estariam detidos por esta guerrilha e a do ELN (Exército de Libertação Nacional) segundo as autoridades colombianas.

CRÍTICAS DE SANTOS

Nesta quinta-feira, um dia após o resgate bem sucedido do vereador Marcos Vaquero, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, criticou as Farc, que sequestraram dois trabalhadores em meio às operações de libertação de cinco reféns nesta semana, e disse que chegou a pensar em cancelar a missão de resgate, que conta com ajuda do governo brasileiro.

Raul Arboleda/Reuters
Ex-senadora Piedad Córdoba acena no retorno da selva colombiana, trazendo o vereador Armando Acuña
Ex-senadora Piedad Córdoba acena no retorno da selva colombiana, trazendo o vereador Armando Acuña

Santos disse que a guerrilha trabalha com uma "dupla moral". "Estive tentado a suspender as libertações dos sequestrados porque é totalmente inaceitável que as Farc, de um lado, estejam libertando reféns como um gesto de generosidade e do outro, capturem mais pessoas. Isto é totalmente inaceitável", afirmou.

"Exigimos a liberdade de todos os sequestrados e rejeitamos esta dupla moral: por um lado, libertando com estardalhaço e, por outro lado, continuando a sequestrar", acrescentou.

VAQUERO

O vereador Marcos Vaquero, libertado na tarde desta quarta-feira (9) revelou detalhes dos 19 meses em poder da guerrilha em sua primeira entrevista coletiva após a saída da selva colombiana numa operação com a ajuda do governo brasileiro.

Em suas primeiras declarações Vaquero anunciou que iniciará uma campanha para pedir à guerrilha que liberte todos os sequestrados e indicou que passou grande parte do tempo na companhia de apenas um gato enquanto esteve no cativeiro.

Eitan Abramovich/AFP
Vaquero abraça a mulher, Olga, e os filhos Samir, 2, e Emannuel, 10, após 19 meses em poder da guerrilha
Vaquero abraça a mulher, Olga, e os filhos Samir, 2, e Emannuel, 10, após 19 meses em poder da guerrilha

Além disso, confessou ter corrido perigos: "às vezes passavam aviões (...), atiravam nos locais onde estávamos dormindo e começávamos a caminhar", garantiu, e confirmou que não sofreu de problemas de saúde durante seu cativeiro.

 

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