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Para Hamas, formação de um novo governo palestino é "ilegal"
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O movimento islâmico Hamas, que governa a faixa de Gaza, considerou "ilegal" a renúncia do gabinete de ministros da Autoridade Nacional Palestina (ANP) liderado por Salam Fayyad e o anúncio da formação de um novo Executivo.
"Esta medida é ilegal e a rejeitamos. O governo tem que ganhar a confiança do Parlamento", disse o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri.
O objetivo da renúncia é formar um novo gabinete, após consultas com os partidos palestinos e a sociedade civil.
Mas a Lei Básica palestina estipula que todo novo gabinete deve ser aprovado pelo Conselho Legislativo Palestino em um prazo de três semanas, que pode ser prolongado por até cinco semanas.
O Hamas conta com maioria absoluta no Parlamento, que permanece dissolvido desde que o movimento islâmico tomou pela força o poder em Gaza em 2007.
Segundo Zuhri, a decisão do presidente da ANP, Mahmoud Abbas, de aceitar a renúncia do gabinete e encarregar Fayyad pela formação de um novo Executivo "tem como objetivo criar confusão e ocultar os escândalos publicados pela emissora 'Al Jazeera' no mês passado".
A rede de TV árabe, com sede no Catar, divulgou o conteúdo das negociações de paz entre Israel e Organização para a Libertação da Palestina (OLP), no qual os palestinos fazem concessões a Israel muito controversas.
A situação do Governo da ANP "é similar ao que ocorreu na Tunísia e no Egito", acrescentou o porta-voz.
A divisão política entre a ANP e o governo do Hamas em Gaza impediu até agora a realização de eleições, apesar de tanto o mandato presidencial quanto o parlamentar terem expirado.
ELEIÇÕES
O anúncio da dissolução do Conselho de Ministros, feito por Fayyad, ocorre um dia depois de a ANP ter convocado novas eleições para setembro, medida fortemente rejeitada pelo Hamas.
"O Hamas não reconhecerá essas eleições ou seus resultados nem dará cobertura legal alguma porque aumentam a divisão e a separação e não servirão aos interesses do povo palestino", disse um dos porta-vozes do grupo em Gaza, Fawzi Barhum, em comunicado.
Segundo ele o chamado a um novo pleito é "ilegal" porque os líderes da ANP, o presidente Mahmoud Abbas e o primeiro-ministro Salam Fayad, "perderam sua legitimidade e capacidade para efetuar ou supervisionar estas eleições".
Já para o deputado do Hamas na Cisjordânia, Fadel Hamdan, um novo governo só pode ser eleito após a ANP e o movimento islâmico se reconciliarem, o que ainda não aconteceu.
"Sempre mantivemos a linha de que as eleições só podem ser conduzidas após a reconciliação", disse.
Já a ANP justifica a convocação exatamente como uma maneira de "sair do atual impasse e dar voz às pessoas".
Desde 2007 os palestinos têm dois governos, um do Hamas, na faixa de Gaza, e outro da ANP, na Cisjordânia. As duas facções políticas tentam negociar há anos, com mediação egípcia.
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