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16/02/2011 - 21h52

Líbia deve permitir protestos, diz Anistia Internacional

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DA FRANCE PRESSE, EM LONDRES

A Anistia Internacional pediu nesta quarta-feira ao governo líbio o "fim da repressão às manifestações" no país norte-africano após a confirmação de ao menos duas mortes e 40 feridos em manifestações.

"As autoridades líbias devem permitir os protestos pacíficos, sem reprimi-los com mão dura", disse a organização humanitária em comunicado transmitido de sua sede, em Londres.

"Os líbios têm os mesmos direitos que os egípcios e os tunisianos para expressar descontentamento e pedir reformas em seu país. É hora de o governo líbio reconhecer isto e respeitar", acrescentou o texto.

Na madrugada desta quarta-feira, 40 pessoas ficaram feridas em confrontos ocorridos em Benghazi, a segunda cidade do país, a mil quilômetros a leste de Trípoli, na véspera do chamado "Dia da Ira", convocado por internautas.

REPRESSÃO

Após a derrubada das ditaduras na Tunísia e no Egito, a onda de revoltas se espalhou por diversos países árabes, como Bahrein, Iêmen e Iraque, além do Irã --nação que embora não pertença ao grupo árabe também sofreu reflexos da crise na região.

Mais cedo, autoridades líbias confirmaram dois mortos e 40 feridos. No Egito, o governo indicou que 365 morreram e 5.500 ficaram feridos durante os 18 dias de protestos no país.

Solidificando a crise na região, nesta quarta-feira as manifestações atingiram também a Líbia, país sob o governo ditatorial de Muammar Gaddafi, no poder há 42 anos.

Mahmud Turkia/AFP
Problemas com pagamento de indenizações do governo deram início aos protestos na Líbia; 38 ficaram feridos
Problemas com pagamento de indenizações do governo deram início aos protestos na Líbia; 38 ficaram feridos

Os manifestantes cantavam "Muammar é o inimigo de Deus" e "Abaixo, abaixo à corrupção e ao corrupto". Armados, policiais e partidários do governo rapidamente cercaram os manifestantes e atiraram balas de borracha, segundo Ashur Shamis, um ativista líbio de oposição em Londres.

Os protestos de terça e quarta aparentemente foram provocados pela falha das conversas entre o governo e um comitê representando famílias de centenas de prisioneiros mortos quando forças de segurança abriram fogo durante protestos, em 1996, em Abu Salim, a mais importante prisão da Líbia.

O governo começou a pagar compensações às famílias, mas o comitê pede o julgamento dos responsáveis.

 

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