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19/02/2011 - 05h31

Obama pede ao rei do Bahrein moderação diante de protestos

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COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, falou por telefone nesta sexta-feira com o rei do Bahrein, Hamad bin Isa al-Khalifa, para condenar a violência em seu país e pedir moderação diante dos protestos, informou a Casa Branca em comunicado.

Durante a ligação, o líder americano discutiu a situação com o rei bareinita após a série de ataques contra os manifestantes, indicou a nota.

Obama "reiterou sua condenação à violência utilizada contra os manifestantes pacíficos e pressionou fortemente o governo do Bahrein a mostrar moderação e prestar contas aos responsáveis", acrescentou.

O líder disse ao rei que, como parceiro do Bahrein, os Estados Unidos "acreditam que a estabilidade do país depende do respeito dos direitos universais" de seu povo e do "processo de uma reforma significativa que responda às aspirações de todos os bareinitas", especifica a nota.

Nesta sexta-feira, soldados abriram fogo contra milhares de manifestantes que desafiaram a proibição do governo e se aglomeraram na praça Pérola, no centro de Manama, ferindo ao menos 50 pessoas.

AP
Manifestante não-identificado é carregado após ser ferido no Bahrein; Exército atirou contra manifestantes
Manifestante não-identificado é carregado após ser ferido no Bahrein; Exército atirou contra manifestantes

De acordo com funcionários do hospital Salmaniya, vários dos pacientes atendidos apresentavam ferimentos de armas de fogo.

"Isto é uma guerra", disse o médico Bassem Deif, cirurgião que examinou várias vítimas que chegaram ao local.

O novo incidente acontece um dia depois de a polícia ter retirado à força um acampamento de protesto na capital.

"Nós achamos que foi o Exército", disse o parlamentar Sayed Hadi, do Wefaq, o principal partido xiita, que renunciou ao Parlamento ontem. Outro integrante do Wefaq, Jalal Firooz, disse que os manifestantes estavam nas ruas em protesto contra a morte de um deles nas ruas ontem, quando a polícia lançou gás lacrimogêneo.

Milhares de pessoas que foram às ruas do Bahrein para o funeral dos mortos durante uma operação de forças de segurança contra a praça que manifestantes pró-reformas estavam acampados pediram, pela primeira vez desde o início da onda de protestos no país, o fim da dinastia sunita que governa o país há mais de 40 anos.

SAIBA MAIS

O Bahrein é um pequeno reino povoado majoritariamente por xiitas e governado desde o século 18 por uma dinastia sunita.

Enquanto os xiitas enterravam, nesta sexta-feira, os quatro mortos na véspera, milhares de sunitas marcharam em Manama para declarar apoio ao rei Hamad Ben Salman al Khalifa.

A oposição pediu a demissão do governo depois da dispersão violenta da manifestação pacífica da véspera, declarou na quinta-feira à AFP o chefe do movimento xiita Al Wefaq, xeque Ali Salmane.

O primeiro-ministro, xeque Khalifa ben Salman al Khalifa, tio do rei, ocupa o cargo desde a independência do Bahrein, em 1971.

Segundo o líder xiita, a oposição deseja que um novo governo proponha reformas políticas e reveja a Constituição contemplando o princípio de uma alternância pacífica do poder e institua uma monarquia constitucional.

O xeque Salmane também confirmou a saída de seu grupo do Parlamento, onde controla 18 das 40 cadeiras da Câmara baixa.

"O (bloco) Al Wefaq decidiu deixar completa e definitivamente o Parlamento", afirmou.

 

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