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Chanceler da Alemanha minimiza derrota em eleição em Hamburgo
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DA EFE, EM BERLIM
A chanceler (premiê) alemã, Angela Merkel, interpretou nesta segunda-feira a dura derrota sofrida por seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU), nas eleições regionais de Hamburgo como algo especificamente local, que não representa uma tendência aplicável às outras votações que ocorrerão neste ano.
Merkel, que concedeu declarações à imprensa após analisar os resultados com a cúpula da legenda, agradeceu ao derrotado prefeito governador de Hamburgo, Christop Ahlhaus, pela campanha eleitoral que, segundo disse, teve que antecipar em circunstâncias muito difíceis.
Michael Sohn/AP |
Angela Merkel concede entrevista à imprensa após reunião de seu partido, derrotado em eleição em Hamburgo |
A chanceler lembrou como Ahlhaus havia assumido a chefia de governo pouco depois da derrota de um plebiscito sobre a reforma escolar e com o difícil papel de substituir o carismático Ole von Beust no cargo.
Além disso, a reforma escolar, de acordo com Merkel, era algo que foi feito mais como uma concessão ao Partido Verde e que provavelmente causou decepção em muitos eleitores tradicionais da CDU.
"Não acho que nossos eleitores tenham votado pelos social-democratas, mas muitos decepcionados ficaram em casa", disse Merkel.
Outros fatores que podem ter aumentado a insatisfação foram a demissão de Von Beust e a saída dos Verdes da coalizão, o que, segundo a chanceler, acarretou em uma perda de confiança no Governo.
O Partido Social-Democrata (SPD) obteve 48,4% dos votos, que proporcionam 62 das 121 cadeiras do Parlamento regional. A CDU obteve 21,9% --seu pior resultado desde o pós-guerra--; Os Verdes 11,2%; o Partido Liberal 6,6% e o Partido de Esquerda, 6,4%.
Apesar da tentativa de Merkel de dar à derrota de Hamburgo explicações meramente locais e regionais, durante a coletiva os jornalistas insistiram nas possíveis relações entre o ocorrido na cidade e o momento que o Governo federal vive.
Assim, a grande maioria das perguntas formuladas mencionava um possível "efeito Guttenberg", em relação às acusações contra o ministro da Defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg, de ter cometido plágio em sua tese de doutorado.
"Com todo respeito a Karl-Theodor zu Guttenberg, não acho que seu efeito tenha sido importante, como também não acho que o meu tenha sido significativo", avaliou Merkel.
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