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03/03/2011 - 10h46

Mais de 200 mil fogem de confronto na Costa do Marfim, diz ONU

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Mais de 200 mil pessoas fugiram de um subúrbio comercial de Abdijã, capital da Costa do Marfim, em meio aos confrontos violentos que deixaram dezenas de mortos e aumentou os temores de uma nova guerra civil, informou nesta quinta-feira a ONU (Organização das Nações Unidas).

Há dias, Abobo é cenário de confrontos entre a polícia leal ao presidente Laurent Gbagbo e soldados dissidentes aliados de seu rival, Alassane Ouattara.

Editoria de Arte/Folhapress

O representante da ONU no país, Guillaume Ngefa, disse que ao menos 26 pessoas morreram em Abobo nas últimas 24 horas.

A agência de notícias France Presse, que cita testemunhas, diz que seis mulheres morreram baleadas nesta quinta-feira quando as forças de segurança fieis a Gbagbo dispersaram uma manifestação num bairro favorável a Ouattara.

A ONU diz que ao menos 300 morreram desde o início dos confrontos, em meados de dezembro.

Rebecca Blackwell/AP
Moradores de Abobo, na Costa do Marfim, fogem de confrontos que já deixaram mais de 300 mortos
Moradores de Abobo, na Costa do Marfim, fogem de confrontos que já deixaram mais de 300 mortos

A agência de refugiados da ONU expressou alarme sobre as terríveis condições que enfrentam as pessoas que tentam sair da área, citando relatos de muitos corpos, ônibus queimados e lojas saqueadas, além de jovens milicianos atacando as pessoas dentro de suas casas.

O impasse entre os dois homens que afirmam ser presidente atingiu um novo patamar na semana passada, quando o Exército começou a usar armas de guerra, inclusive morteiros e granadas propelidas por foguetes.

HISTÓRICO

Poucos dias após a votação de 28 de novembro, a Comissão Eleitoral Independente declarou o opositor Ouattara como vitorioso com 54,1% dos votos válidos, contra 45,9% de Gbagbo.

O resultado foi reconhecido pela ONU, Estados Unidos e União Europeia. No mesmo dia, contudo, Gbagbo apelou ao Conselho Constitucional com alegações de fraude eleitoral. O órgão anulou cerca de 10% dos votos, a maioria em redutos de Ouattara, dando a vitória a Gbagbo com 51%.

Desde então, a comunidade internacional pressiona Gbagbo a deixar o poder e já aplicou as mais diversas sanções --como veto ao visto de viagem aos países da União Europeia e o congelamento dos fundos estatais no Banco Central da União Monetária e Econômica do Oeste Africano. Gbagbo rejeitou todas as propostas, incluindo ofertas de anistia e um confortável exílio no exterior.

 

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