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França declara apoio a conselho nacional rebelde líbio
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DA EFE, EM PARIS
DE SÃO PAULO
O governo francês manifestou neste domingo seu apoio ao rebelde Conselho Nacional Líbio e o encorajou a atingir seus objetivos, rejeitando o "uso inaceitável da força" contra a população civil.
Em declaração do Ministério das Relações Exteriores, o governo francês manifestou sua aprovação à "vontade de unidade" que motivou a criação dessa instância por parte dos rebeldes.
Além disso, elogiou a "coragem" das "cidades submetidas à violência" no país norte-africano e apela ao "respeito pleno da resolução 1970 do Conselho de Segurança" da ONU (Organização das Nações Unidas), aprovada no dia 26 de fevereiro.
Essa resolução, entre outras disposições, proíbe que o ditador líbio, Muammar Gaddafi, saia do país, bem como seus oito filhos e sete de seus mais próximos colaboradores, e pede ao Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, que abra uma investigação sobre os ataques contra a população civil.
No sábado, o conselho, sediado em Benghazi --cidade dominada pelos rebeldes--, nomeou um comitê de crise com três membros para tratar de temas militares e internacionais, em uma tentativa de integrar a tomada de decisões.
O conselho disse que irá atuar como a voz da rebelião contra o regime de Gaddafi, mas afirmou não ser um governo interino. O grupo também quer mudar sua base da cidade de Benghazi --a segunda maior do país-- para Trípoli, embora a capital permaneça sob o controle rígido do ditador.
O comitê renovou seus clamores pelo embargo aéreo internacional para ajudar a desalojar o líder, que está no poder há 41 anos e empregou aviões de guerra e helicópteros contra forças rebeldes. Estas o acusam de contratar mercenários africanos para auxiliá-lo.
O professor de Ciência Política Fathi Baja, membro da Coalizão 17 de Fevereiro, sediada em Benghazi, disse que o comitê "vai encorajar as pessoas, porque escolheram nomes muito fortes. Além disso, elas refletem o equilíbrio por serem de diferentes lugares e diferentes tribos".
O conselho nomeou como líder dos militares Omar Hariri, um dos oficiais que fez parte do golpe de Gaddafi em 1969, mas foi preso mais tarde. Ali Essawi, ex-embaixador na Índia que se demitiu no mês passado, foi encarregado das relações exteriores.
Mahmoud Jebril, que esteve envolvido com um projeto chamado "Visão Líbia" com outros intelectuais antes da revolta para estabelecer um Estado democrático, chefiará o comitê de crise. O conselho declarou que o grupo busca organizar a tomada de decisões.
Outros novos membros incluem o dissidente Ahmed Zoubeir, que sob Gaddafi passou mais tempo na prisão do que os 28 anos de Nelson Mandela na África do Sul, assim como Selwa Adrilli, Fathi Terbil e Fathi Baja.
Outros ministros devem ser anunciados no futuro próximo.
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